Sábado fui a uma festa, convidado por um amigo meu. O evento era numa cobertura dum prédio comercial super chique no centro cívico, com uma vista da cidade simplesmente bacana. As pessoas estavam bem vestidas, todo mundo super bonito, caras e bocas. Por um instante, eu, morrendo de dor de cabeça e passando mal por causa duns pães de queijo com café que comi antes de sair de casa [pois eh, passar mal com pão de queijo?! Ninguém merece!!!], pensava que estava na edição do BBB7: tudo artificial demais pro meu gosto, tudo muito bem, muito bom, enfim.
Até que me esforcei, mas a bem da verdade era que não me diverti nenhum pouco. Com certeza eu deveria estar chato no dia. Se eu não estivesse do jeito que estava, com certeza levaria isso numa boa, me conheço. Mas toda aquela artificialidade, somada ao meu mal estar, me incomodava, eu me sentia um peixe fora d'água: dependente do meu amigo pra estar ali, sem dinheiro, com a impressão de ostentar pros outros algo que nem tenho. E aqui estou falando do ter mesmo, e de como a imagem é super importante e valorizada na cultura de hoje.
Lá pelas tantas, com a dor de cabeça domada e a vontade de vomitar apaziguada, comecei a traçar objetivos na minha mente pra esse ano de 2007. Confesso que não sei se fui movido pela raiva ou o quê, mas assim que cheguei em casa, escrevi num papel as coisas que eu quero pra esse ano e também algumas práticas diárias. De maneira que dessa data em diante eu possa ser o protagonista da minha vida, e não o espectador, como na maioria das situações eu costumo ser. Se eu vou conseguir ou se meus propósitos são tão nobres quanto a firmeza do meu frágil espírito? Não sei. Só sei que cansei de perseguir os sonhos sem levar em consideração a otimização dos resultados.
Bem, é isso...
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