sexta-feira, 23 de maio de 2008

O dia depois dos 27

Saludos, personas!

Engraçado que sempre quando estamos perto de fazer aniversário a gente fica fazendo balanço da vida, de tudo. Como sou alguém meio pessimista das coisas fico pensando geralmente nas coisas que deixei pra trás, nas palavras e atos que não disse e/ou fiz, etc. Segunda eu estava conversando com a Ana e ela resumiu meu dilema num conto de duas mulheres que estudaram juntas no ensino médio. Anos depois se encontram e cada qual diz como é que levaram as coisas:

-Ah, eu casei, tive três filhos, já cresceram, cada qual seguindo sua vida, um deles está prestes a se formar e eu sou avó de um neto maravilhoso.

e a outra:

-Bem, assim que terminei a faculdade resolvi fazer um curso no exterior. Aí já emendei com mestrado e doutorado... comprei uma bela casa, viajei para os lugares que sempre sonhei na vida e hoje tenho uma vida financeiramente confortável.

Bem, as duas se despediram... e no caminho cada uma pensava nas coisas que poderia ter conquistado se tivesse feito diferente, como a outra.

Hummmmm... esse caso talvez ela me disse pra ilustrar o quanto a gente fica sempre, sempre insatisfeito com tudo, em vez de bendizer a sorte das coisas nas quais conquistamos.
Aí compreendi que as insatisfações, se forem bem usadas, são as forças que nos conduzem ao aprimoramento, tanto em casa como na profissão.

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1) Apenas 27 anos. Tudo isso, jah?! Enfim... a idade galopa, o tempo também, pra uns eu sou novinho e pra outros "passado". Nem sempre aproveitei ele, o tempo, como deveria, confesso. Perdi minhas preciosas horas com muita coisa mesquinha e fútil. Mas ganhei minutos com pessoas especiais (nem preciso citar, todas elas sabem) e comigo mesmo que simplesmente são eternos, inesquecíveis.

2) Eu quero desesperadamente viajar!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

3) abrazos e beijocas....


quinta-feira, 15 de maio de 2008

Com A Palavra, Uma Tentativa de Defesa

Saludos!

Confesso que a perguntinha que deixei no post anterior (e os respectivos comentários dela pelos meus queridos leitores) me motivaram a escrever este. Acho que por uma série de argumentos, longuíssimos pra descrever aqui, me fizeram hoje a discordar um pouco das minhas nobres colegas.
Sim, por algum tempo eu achava que as pessoas precisavam achar a sua respectiva metade, tampa da panela, tanto em amizades, relacionamentos, trabalho, famiage, tudo, enfim. Aí percebi que esta era uma visão ingênua e romanesca demais das coisas, que era algo apreendido do chamado "amor verdadeiro ou amor romântico"

BREAK (a little sobre essas duas coisas)

Segundo Regina Navarro, psicóloga carioca, em seu livro A Cama Na Varanda, argumenta que a forma de amor na qual comumente é inquestionável nos dias de hoje foi algo construído e apreendido desde o século XIII, num processo beeeeeem lento. De que as pessoas só seriam felizes com uma pessoa só na vida, que o amor e a paixão (aqui confundidos) durariam para sempre, que seria impossível ter mais de um amor ao mesmo tempo, de que um pouco de ciúme é ótimo pro relacionamento. Nota-se de passagem a tremenda da discriminação entre os homens e as mulheres, tanto que geram estereótipos do tipo homem solteiro está aproveitando a vida... e mulher solteira ninguém a quer. Também aqui se aplica o caso da traição, de que quem trai não ama mais a pessoa, de que as mulheres são sempre santinhas, etc, etc e etc. Os meios de comunicação adoram explorar esse tipo de amor.
Penso que o lado bom disso é que os relacionamentos ficaram mais humanizados, houve a instalação da ternura, do casamento por amor, do carinho entre os pares, ainda que tímido no início. Mas pros tempos atuais, as consequências são desastrosas: várias pessoas são obrigadas a aturar maridos e mulheres em casamentos de fachada, no lugar da construção do relacionamento só há agressão, não admitir que o amor acaba pq simplesmente acaba, de que o ciúme sim é uma coisa podre e doentia. O livro da Regina, aparentemente parece super pessimista, tanto que ela não apresenta receita nenhuma. Ela quer apenas "arejar" as idéias de amor e sexo para que as pessoas estabeleçam um diálogo nesse mundo instável e busquem o equilíbrio. Sem dúvida, pra mim, esse livro foi ótimo pq me abriu inúmeras janelas de pensamento sobre o amor.


Também houve o tempo no qual eu pensava que as pessoas são completas sim, que Deus jamais nos faríamos incompletos pq seria aberração, e que as pessoas apenas procuram afinidades, compatibilidades e que daí estabelecem algo, constrói algo. Aí percebi que o perigo disso é que tendemos a ser prudentes e racionais demais, como se o amor (aqui equivale a todas as formas) fosse algo que pudesse ser totalmente exemplificado numa fórmula. Se assim fosse, a gente estaria se relacionando com pessoas exatamente iguais a gente e se mesmo assim estivéssemos com alguém diferente, o choque seria tanto que acabaria sendo insustentável. Ou padronizaríamos o mais fraco em caixinhas bonitinhas. Perderia a essência.
Hoje eu acredito em algumas coisas:

1) que somos pessoas incompletas e que nos completamos uns com os outros e por isso existe amizade, amor, família, consciência, sociedade.

2) que o estar só é uma constante na nossa vida, e que jamais podemos esperar que o amor queira resolver todos os problemas, não criando falsas expectativas. Que nascemos só e morreremos só. Nossa cultura não nos educou para a solidão, por isso é tão horrível chegar em casa às vezes e estar tudo em silêncio...

3) que existe uma diferença ennnnnooooorrrrme entre ser apaixonado pela pessoa (mesmo com todas as irritações e frustrações, mas se as coisas boas superam as ruins e há diálogo e carinho, vai-se embora) e pelo fato de estar apaixonado (aí resulta de nos entregarmos pouco, de criar barreiras, de usar as pessoas como se fossem copos descartáveis).

4) que mais do que as porras de teorias de relacionamento, livros de auto-ajuda e o escambáu de amor, para se estabelecer diálogo verdadeiro com o parceiro é preciso primeiro conhecer-se, aceitar-se, e saber que somos humanos, sujeitos a cenas de infantilidade e cagadas enormes.

5) que um dia o amor pode acabar pq simplesmente acaba e não há nada que possamos fazer quando isso acontece senão ser verdadeiro consigo e com o outro.

6) que o acaso existe sim. Que há fatores e forças tão absurdas neste universo que fazem com que uma pessoa encontre com outra exatamente naquele dia, naquela hora, e que justamente só ela no mundo é que é importante. Que só ela foi capaz de te cativar, sabe-se lá por que. Podemos estabelecer parâmetros pra isso, mas jamais quantificar ou racionalizar isso cem por cento. Simplesmente acontece. Aí sim, neste caso, creio sim que as pessoas naquele momento, foram feitas uma pra outra. Mas que no dia seguinte, não se sabe se essa máxima perdurará.

De todas as coisas que eu vivi nesses pouco mais de dois anos aqui em curita, o maior ensinamento que tive foi esse: de que o amor é, ao mesmo tempo, ameaçador e benéfico. Basta dosarmos um pouco a cada dia. Talvez por isso que hoje valorizo muito mais minha família, meus amigos e todos os outros que amo ou amei. Que deixei de ser ingênuo mas que conservei a essência de me encantar com diálogos apaixonados que beiram ao ridículo. Que sou capaz das maiores burrices, que sou alguém difícil de conviver, mas disposto a amar e deixar-se amar.

E vocês, o que acham?

Beijocasssssssssssssss e abrazos......

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Maio


Um Pro Outro

Lulu Santos

Composição: Indisponível

Foi bom te ver de novo aqui
A gente tinha mesmo tanta razão pra seguir
Fora o som dessa guitarra
A voz sempre rouca
E o coração na mão

Surpresa certa te encontrar
A tua onda pega bem mesmo em qualquer lugar
Até na esquina do pecado
O que for da vida não nos deterá

Nós somos feitos um pro outro
Pode crer
Por isso é que eu estou aqui
E não há lógica que faça desandar
O que o acaso decidir

Tanta certeza no olhar
Tamanha pressa de chegar a nenhum lugar
Só pra ter a sensação
De que a vida passa assim como um tufão

Nós somos feitos um pro outro
Pode crer
Por isso é que eu estou aqui
E não há lógica que faça desandar
O que o acaso decidir

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Perguntinha: que coisas fazem com que duas pessoa sejam feitas uma para a outra? =)