sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Hummm, Tanto Faz?!

Tanto faz se dois e dois são quatro. Tanto faz se tenho um emprego interessante, uma conta bancária razoável ou se estou negociando desesperadamente dívidas. Tanto faz se gritam comigo, como se fosse uma criança idiota, retardada ou se me tratam com lisura, respeito, interesse.
Tanto faz se sou promíscuo, se me acham que sou feio, vil e puto, ou se me julgam o "finalzinho da bolacha", o bonitinho, inteligente, gostosinho, etc e tal.
Tanto faz se vc chega perto de mim ou se vc some. Tanto faz se sou santo ou profano. Tanto faz se escrevo bons textos ou se me sinto aprisionado numa rotina estressante, idiota, massificante.
Tanto faz se bebo aos montes ou se sou o mais sóbrio dos seres mortais. Tanto faz se moro em Curitiba ou Engenheiro Beltrão. Tanto faz se estou cansado de ver as mesmas pessoas ou não.
Mas com certeza uma coisa, e tão somente uma, faz diferença em todo esse discurso nesta sexta-feira: Importa muito eu ter ciência de quem eu seja, do que sou capaz, até quando posso ir, do que quero e não quero. Daí, estimado diário virtual, as coisas "tanto faz" não são bem assim, rs.
Bem, é isso...

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Kdê?!


Cadê?!

Simplesmente foi essa a pergunta na qual me fiz ontem. Fui ao cine ver o filme A Procura da Felicidade [ótimo!]. Saio de lá super pensativo, normal quando assisto filme no meio da semana sozinho. Depois, quando chego no trabalho, a "sorte" do orkut: pare de procurar eternamente; a felicidade encontra-se bem ao seu lado.

O que significa felicidade? Sei que isso é algo complexo de exemplificar. Canções, poemas, teorias, dogmas falam sobre uma temática que persegue nossos sonhos. Passamos boa parte da vida resolvendo pepinos que a gente mesmo criou. Outra parte tratando de cumprir papéis que desde pequenos devemos fazer. Não estou renegando tais papéis, pois sem eles a convivência na sociedade seria um verdadeiro caos. No entanto, nem sei se somos realmente levados a questionar se não há algo além desses papéis.

bem, é isso...

domingo, 18 de fevereiro de 2007

Crônica de Carnaval


Ah! O carnaval! Essa época do ano singular...

A primeira referência que tive sobre o carnaval foi mais ou menos quando eu tinha uns 4 ou cinco anos. Minha mãe, que sempre adorou essa festa, fazia com que todos os filhos saíssem no bloco da cidade [Flor de Mamona, isso. O nome do bloco]. Lembro que eu tava doido pra mijar e minha mãe disse pra fazer as necessidades no meio da rua, da calçada. Afinal, criança, quem é que ia dizer alguma coisa? Chegaram até a tirar uma foto disso e sinceramente: ainda bem que deram fim nela.

Passaram-se alguns anos e eu devia ter uns 14 anos quando fui ver o desfile na cidadezinha onde morava. Qual foi minha surpresa em ver minha mãe vestida numa fantasia ridícula de oncinha, pulando que nem doida com um bando de mulherada e bicharada tresloucada. Meus amigos, meu irmão ali. E eu, escondendo a cara, morrendo de vergonha daquela cena, digamos, pitoresca. Mas ela estava lá, toda feliz, "tocando um foda-se" pra quem julgasse. Inclusive seu filho.

Interessante como durante muitos anos tentei veementemente ser a negação de minha mãe. Adolescente, sabe como é: só enxerga os defeitos dos pais, nunca as qualidades. Demorou muito tempo até perceber que herdei da minha mãe a melhor qualidade: aquele jeitão alegre, pouco importando se os outros iam ficar olhando torto.

Bem, onde estava?! Ah!

A bem da verdade é que sempre gostei de carnaval, mas por alguns pudores que eu mesmo inventei, ficava super na minha. Mesmo durante os primeiros quatro anos nos quais morei sozinho sempre tentava manter um pouquinho a pose com relação a muitas coisas, inclusive essa festa. Acho que eram os resquícios do que eu criei e que também muita gente e instituição contribuiu: de que o carnaval é uma verdadeira putaria, onde durante três ou quatro dias as pessoas faziam tudo o que era reprimido durante o ano todo, uma forma de controle social das elites pra manter a plebe acalmada [todo mundo diz que as coisas no Brasil só começam depois do carnaval. Se assim fosse, eu só ia começar a trabalhar em março, e não em 2 de janeiro. rs]. Pode até ser que em parte seja isso mesmo. Mas a essência desta festa é encantadora, até mesmo para quem não simpatiza muito com ela. Se tentássemos levar a vida com a mesma leveza de espírito, brincadeira, êxtase e positivismo que a festa proporciona, mais da metade de nossos problemas sumiriam. Simples assim.

Sexta-feira, quando me encontrei com o Vitor num barzinho, brindei por duas coisas: por um ano que conheço essa figurinha singular e por um ano de Curitiba. Me mudei pra cá justo na época do carnaval, pra uma cidade que nem tem tanta atração pela festa. Vai ver por isso que neste exato momento em que registro essas linhas, abro meu coração e mente, agradecendo pelas conquistas, desafios e dores e pedindo que eu enxergue a vida com a beleza do "batimcumbum". Mesmo com um empreguinho, me sentindo só e com enorme medo de encarar algum relacionamento.

Bem, é isso...


" É hoje o dia/da alegria/

E a tristeza/nem pode pensar em chegar/

Diga espelho meu/

Se há na avenida alguém mais feliz que eu..."

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Valentines Day!!!

Eu poderia dizer que ontem teria sido um dia normal, morno. Acordar, trabalho, alunos, escola, chefes, Dona Neuza... enfim... muitas coisas. No entanto digamos que não foi bem o que eu esperava. Mais uma vez me meti a marcar encontros pela internet, contra todos os prognósticos que minha mente já preparava e tudo mais, o encontro foi interessante, mas de maneira nenhuma surpreendente.
Sabe quando vc se imagina no mundo dos Jetsons [acho que é assim que se escreve, um desenho futurista que passava quando eu era criança]: tem aquela empregada que faz tudo, os carros que voam, tudo perfeito? Pois é, diante de tantas frustrações passadas, meu psicológico deve ter imaginado alguém que de tão perfeito chega a ser inatingível. A caminho de casa, quase quatro da manhã de hoje, pensava: Existe? Ou tudo isso, todo esse ideário é imaginação?
Pela manhã, enquanto tomava banho pra ir ao cine antes do trampo, dei risada sozinho, pois dentre outros assuntos falados, o futebol caiu no meio [dizem pra nunca falarmos de time, jogo num primeiro encontro, mas acho que isso funcionou].
Estranhamente, depois do filme eu pensava em tantas coisas que a absurda sensação de 'falta não sei do que perdi não sei onde' apareceu, de um golpe só, simples. É um tipo de solidão e frustrações nas quais por mais que eu tentasse compartilhar com alguém seria impossível de exemplificar, pois além de quem quer que fosse emitir um julgamento, quase sempre simplório, a pessoa jamais estaria dentro de mim. É como o cidadão que viu a foto da maçã, cheirou a maça, tocou a maçã, mas nunca comeu a maçã. Então não sabe do que fala. Como eu, que confesso: sei pouco, ou quase nada, de amor. Acho bela a data do dia 14 de fevereiro. Já disse aqui uma vez e repito: essa data pra mim é a que considero dia dos namorados mesmo, pela história.
Zapeando pela net ontem, achei uma frase da Janis Joplin que definitivamente tenta expressar o pouco do que sinto: 'Eu faço amor com 25.000 pessoas no palco e sempre volto pra casa sozinha'. De certa forma é o que têm acontecido repetidas vezes comigo, e creio que com boa parte das pessoas dessa cidade, desse planeta. Sim, também tenho outros problemas e dúvidas, mas todas essas sempre dou um jeito de superar. Agora, essas de ordem sentimental...
Dia desses cheguei a rogar nas minhas orações que eu fosse menos duro. Não sei se serei atendido, mas sei que mesmo com todos esses bloqueios e sequelas, parado é que nem posso ficar.
Bem, é isso...

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

I Still Haven't Found What I'm Looking
ForCher
Composição: U2

I have climbed the highest mountains
I have run through the fields
Only to be with you
Only to be with you
I have run I have crawled
I have scaled these city walls
Only to be with you

But I still haven't found
What I'm looking for
But I still haven't found
What I'm looking for

I have kissed honey lips
Felt the healing in her fingertips
It burned like fire
This burning desire
I have spoke with the tongue of angels
I have held the hand of a devil
It was warm in the night
I was cold as a stone

But I still haven't found
What I'm looking for
But I still haven't found...
______________________________________________
Tradução:Eu ainda não achei o que estou procurando
Eu escalei as montanhas mais altas
Eu ultrapassei os campos
Só para estar com você
Só para estar com você...
Eu corri, eu rastejei
Eu escalei, estas paredes da cidade
Só para estar com você
Mas eu ainda não achei
O que estou procurando...
Eu beijei lábios de mel
Senti a cura nas pontas dos dedos dela
Queimou como fogo
Este desejo ardente
Eu tenho falado com a língua dos anjos
Eu segurei a mão de um diabo
Estava a noite quente
Eu tive frio como uma pedra
Mas eu ainda não achei
O que estou procurando...
Eu acreditava na vinda do reino
Então todas as cores sangrarão em uma
Mas sim eu ainda estou correndo
Quebrou os laços
Você soltou as cadeias
Você levou a cruz
E minha vergonha
E minha vergonha...
Você sabe que eu acredito nisto
Mas eu ainda não achei
O que estou procurando...
Pois eh...
Depois de tanta coisa acontecida, ruminada, pensada, experienciada e sentida nesses dias, nos quais um turbilhão de sensações se passaram na mente desse estranho ser, essa letra dessa composição super bacana feita pelo U2 e interpretada pela Cher traduzem o que sinto.
Bem, é isso...

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Cartilha do Beijo

Pois eh...
Hoje no jornal da 13:15 vi que o governo lançou uma cartilha para jovens falando sobre sexualidade, de um jeito bem interessante, divertido. E uma das coisas que me chamou a atenção nem foi tanto a discussão entre os educadores [uns acham que ela vai estimular os jovens a fazer mais sexo, outros acham que não, outros ainda defendem que o uso da cartilha seja compartilhada entre pais e alunos], mas a explicação sobre o beijo: reações que dá no corpo, benefícios que este dá [dizem que queima calorias e faz bem pra pele], essas coisas.
Fiquei pensando a caminho do trabalho sobre os beijos que tive e me propus a fazer um breviário, um manual do beijo. Lá vai:

BV: popularmente conhecido como "boca virgem". Cidadão que ainda não teve a oportunidade de aproximar seus lábios em outros. Em alguns casos, a língua, os dentes, o aparelho ortodôntico, a lasquinha de alface...

Selinho: é aquele beijo que seus pais dão de vez em quando, um beijo de "bom dia, querida (o)", quando vc naum está tão afim do pretendente ou ainda quando a pessoa tem mau hálito [aaarrrgh!].

Beijo Técnico: dizem que é o que os artistas dão nas novelas, cinema e teatro. Fico pensando se eu recebesse um beijo técnico de... humm... deixa quieto...

Enrosca-Ferro: beijo de quem usa aparelho. Também entra nessa nomenclatura os que possuem piercing.

Beijo de Língua: como o próprio nome diz, é o beijo onde esses ditos órgãos se encostam e trocam, digamos assim, fluídos.

Beijinho: importante não confundir com o docinho de nome homônimo. Esse beijo é o que alguns parentes ou amigos dão uns nos outros, simbolizando amizade.

Passa-Gelo: é um tipo de beijo no qual é dado quando um dos participantes quer passar o gelo para o outro. E olha que isso dá um calor...

Beijo-de-Tirar-o-Fôlego: aquele no qual passaram-se mais de cinco minutos, todo mundo na festa fica admirado [ou de inveja de nem ter conseguido alguém] que o casal ainda está trocando fluidos.

Beijo Romântico: esse é um dos melhores. Pode ser que a pessoa na qual você está apaixonada (o) nem beije tão bem assim, ou que ele (a) não seja o garanhão ou a mina, mas não é que cada vez que vc beija essa pessoa fica querendo mais e mais? Paradoxo...

Acho que existe tantos outros tipos de beijos... que fica difícil vc dizer qual destes é o melhor, pois beijo é beijo e até o beijo ruim traduz alguma coisa. Particularmente o beijo no qual eu guardarei pro resto da vida é um com gosto de macarrão alho e óleo. Não gosto de comparação, mas pra mim esse tme um valor especial.
E pra vc que visita minhas páginas, qual é seu beijo?
bem, é isso...

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Little Miss Sunshine

Essa é a quarta vez que tento postar. O título desse post refere-se a um filme que eu vi no sábado e a noite super agradável que eu tive. Mas aconteceram tantas coisas nesses dias que perdi toda a inspiração. O fato é que a mensagem do filme coube bem direitinho com meu dia de ontem, que foi um verdadeiro saco. Daí no post da Jackou vejo algo falando sobre o Daniel...
Concordo plenamente: as pessoas deveriam mais é cuidar de suas vidas. Coisa que confesso, não tenho feito direito. Se cada pessoa cuidasse do que diz respeito tão somente a ela e facilitasse a vida do bem comum, isso seria um paraíso. Mas a gente fica produzindo verdadeiros "inferninhos", algumas vezes por sermos masoquistas mesmo, outras por não ter o que fazer, ou ainda por pura ingenuidade.
Sei que correr atrás daquilo que se propõe é difícil, às vezes chato, ácido. Mas mesmo assim vale a pena.
bem, é isso...
"O inferno dos vivos não é algo que será; se existe, é algo que já está aqui, o inferno no qual vivemos todos os dias, que formamos estando juntos. Existem duas maneiras de sofrer. A primeira é fácil para a maioria das pessoas: aceitar o inferno e tornar-se parte deste até o ponto de deixar de percebê-lo. A segunda é mais arriscada e exige atenção e aprendizagem contínuas: saber reconhecer quem e o que, no meio do inferno, não é o inferno, e preservá-lo, e abrir espaço".
Ítalo Calvino
AS CIDADES INVISÍVEIS