sábado, 16 de fevereiro de 2008

Quando Ela era ele (ou ele era ela)


Saludos!

Será que é só comigo, ou há beeeeem mais gente que gosta de músicas antigas e/ou filmes bem antigos nos quais se fizermos uma análise da história constatamos que ele era clichê demais, ou água com açúcar demais, ou não-convincente demais, mas havia algo de, digamos, magia, que se percebe pouco hoje?
Sempre quando vou ao cinema, especialmente sozinho, percebo que cada vez mais os filmes estão chegando a dois extremos: ou as sinopses são muito densas ou são simplesmente descartáveis. Toma-se como exemplo Sexo Com Amor, Cloverfield e Onde Os Fracos Não Têm Vez, os três últimos filmes que vi. O primeiro parecia uma novelinha das sete da nossa famigerada, porém global, emissora tupiniquim. A impressão que tive é de que o diretor apenas preocupou-se em lançar as histórias, nada mais. Ficou estranho. Sobre o segundo, de tão sem noção que achei... ...simplesmente fiquei sem palavras para descrever.
Quanto ao último: Achei ótima a interpretação do Javier Barden, o enredo bem construído, a conexão com a realidade. Entretanto, saí do cine com a impressão tão pessimista de tudo que Deusolibre!
Claro, há filmes atuais nos quais mesmo com histórias muito densas possuem um quê de beleza, magia e esperança, como Beleza Americana e As Horas, por exemplo. Mas filmes como esses, é verdade, são cada vez mais raros.
Talvez meus caros leitores tirem certo sarro, mas um dos filmes que mais marcaram minha vida é um beeeem antigo, de 1983, chamado Tootsie.

BREAK (um pouco do filme)

Sinopse

Desesperado em busca de emprego, Michael Dorsey (vivido por Dustin Hoffmann), um ator perfeccionista e de temperamento difícil resolve se vestir de mulher para disputar um papel feminino em uma telenovela. O que ele não esperava era obter tanto sucesso com o seu papel. Porém, manter a farsa, fica cada dia mais complicado, especialmente porque ele se apaixona por Julie Nichols, uma das atrizes da telenovela, e se se declarar, acabará revelando que é um homem.

Hoje, a caminho do trabalho, enquanto refletia sobre as bênçãos e estresses da semana, tocou no rádio a música-tema desse filme (It might be you, by Stephen Bishop). Pensei na história tosca do filme, mas lembrei da conexão com a realidade: dos momentos que fingimos ser outra pessoa para agradar algo, conquistar alguma coisa ou pessoa, quando na verdade simplesmente deveríamos confiar mais no nosso taco, simples assim. Afinal, meus caros, viver dói. E quem não estiver DISPOSTO a viver, segundo a filosofia do Capitão Nascimento: PEDE PRA SAIR!
____________________________________________________________________ 1) Saludos para Tati, mais nova colega da companhia blogueriana.

2) Quinta-feira resolvi tomar uma cerva, sozinho, num bar cubano, depois da pós. Há mais de um ano que não fazia isto com tanto prazer na alma, ainda mais sendo eu um carinha observador.

3) Acho que as ótimas mudanças vêm por aí... dá pra sentir isso no ar, mesmo com as poluições diárias...

4) comentem, comentem e comentem.




terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Alea Jacta Est!


Salve! Ser curioso que sou, dei de cara na internet com as previsões, digamos, cabalísticas, para meu signo neste ano (que é toda aquela coisa de ano de marte, Ares, deus da guerra, enfim...). Acho essa história de signos curiosa: quase todo mundo vive dizendo que não acredita, bla bla bla, entretanto sempre que pode, "ocasionalmente" fica lá, dando uma fuçada. Creio que eu faço parte desse grupo de pessoas. No entanto, eu fico sempre intrigado porque se mudarmos o signo e trocarmos as palavras, a impressão que dá é de que eles dizem a mesma coisa pra todo mundo, como se todos nós fôssemos uniformes. Os signos querem tentar padronizar algo que é inerente a individualidade. Deixa eu explicar: Sou nascido no dia 20 de maio, último dia de touro, por volta das nove da noite, acho. Segundo isso, o simples fato de ter nascido taurino, me rotulam com um monte de características que sei do mais íntimo de mim que simplesmente não correspondem com o meu ser. Por um bom tempo até que fui bem mais fervoroso qto a isso, escolhendo minhas amizades e amores com pessoas, digamos, compatíveis. O resultado, como era de se esperar, deu em bode. Sofria por um bom tempo, me perguntando por que raio as coisas deram errado sendo que todas as previsões diziam exatamente o contrário. (isso os astrólogos e quase todos os ólogos sequer dão uma explicação razoável). Até que descobri uma coisa: as individualidades de cada um é que compõem a riqueza do nosso ser. É como se houvesse dias nos quais eu acordaria leonino, almoçaria capricorniano, trabalharia virginiano e dormiria pisciano. Sempre a gente fica imaginando pessoas nas quais elas teriam todas as qualidades nas quais sempre sonhamos. Ou seja, vemos as coisas de uma maneira distorcida e romanceada demais. Por um tempo isso é bom, pois segundo a psicologia, precisamos das ilusões para viver bem. Mas aí vem a convivência, o dia a dia, e as coisas parecem um dramalhão barato mexicano, vêm as acusações, etc, etc, etc. Penso hoje que o lance é administrar esses conflitos, pesar na balança o que é bom do que não é e seguir a vida, assoviando. Desapegar a essas tentativas de padronização burra das coisas e ir em busca da essência de cada um e principalmente da sua. Não é errado acreditar em finais felizes, assistir comédias bobas românticas, ligar para aquela pessoa só pra ouvir a voz, se sentir meio poliana. Entretanto, é perigoso querer viver sempre esse estado de euforia e não admitir que tem dias nos quais nascem cinza porque nascem, simples assim. Estou com muitas dúvidas na minha cabeça, com algumas dores no coração, mas com a esperança, consciência e otimismo de me relacionar com as pessoas. Pois só assim posso ficar indiferente a essas coisinhas burras que a gente lê e fazer até da tristeza um samba, como fazia nosso saudoso Vinícius de Moraes.
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1) Aos leitores: abrazos, besos e deixem sinal de vida, recadinho, fumaça, enfim. ;-)

2) Resolvi fazer um quadro de metas para esse ano, em parte pra contradizer tudo o que eu disse, em parte para concordar. Vai entender... rs

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Pós Carnaval e Pré Bossa-Nova?

Salve personas!

As pessoas comumente vivem dizendo que a realidade cai bem à tona depois que acaba o oba-oba do carnaval. Sinceramente às vezes penso que esse período todo de quaresma e recolhimento é meio que um castigo dum período taaaaaaao "devasso", digamos assim.
Dia desses li num blog duma guria que nunca vi na vida, mas simplesmente adoro as coisas que ela escreve (www.respeitemeusmullets.blogspot.com) que ela estava meio cansada da atmosfera pesada de tudo. Queria coisas leves, comédias bobas românticas, pessoas bobas românticas, tudo azul, que nem aquela música da Baby do Brasil *

BREAK (Em linhas resumidas para informação de todos)

*: mulher que nos anos 80 cantava hits de sucesso na terrinha tupiniquim. Tem três filhas cantoras (será?!), de nomes impronunciáveis. Levava una vida loka e, desde que aceitou jesuis, largou daqueles tempos, trocou de nome (antes, Baby Consuelo). Mas não trocou a tinta do cabelo.

Enfim... há algumas semanas assisti o filme Transamérica (pela 3ª vez) e uma frase martela constantemente minha cabecinha: "...ou minha mãe está certa e eu sou uma pessoa volúvel mesmo".
Confesso que estou numa fase da minha vida que se parece com esse tempo meio castrador quaresmal (desculpem a sinceridade, apesar da minha catolicidade, esse tempo bem que podia ser numa outra ocasião, mas...): a alegria do carnaval está se esvaindo, vejo tudo com uma brutalidade das coisas, meu coração anda despedaçado, ouço muita coisa de todo mundo mas muito pouco daquilo que tudo ouvi serviu realmente pra estancar essa puta dessa raiva surda.
Só espero que esse tempo seja transição para a bossa-nova, onde até nas dores de amor, trabalho, família e todo o bla bla bla, os participantes do movimento sabiam celebrar com elegância as alegrias e desgraças.

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1) Abrazos y besitos caramelados a todos...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Innocence (tradução)
Bjork
Composição: Bjork, Timothy Mosley

Eu uma vez não tive medo, absolutamente nenhum
E então quando eu tive algum
Para minha surpresa eu cresci para gostar de ambos
Assustada ou corajosa, sem eles
A emoção do medo
Pensei que eu que fosse admitir isso
A emoção do medo
Agora apreciada grandemente com coragem
Quando eu uma vez fui intocável
A inocência rugiu, ainda espanta
Quando eu uma vez fui inocente
Isso ainda está aqui, mas em lugares diferentes
Neurose só se gruda a solo fértil
Quanto ela pode florescer
A emoção do medo
Pensei que eu que fosse admitir isso
A emoção do medo
Agora apreciada grandemente com coragem
Quando eu uma vez fui destemida
A inocência rugiu, ainda espanta
Intocável inocência
Isso ainda está aqui, mas em lugares diferentes
Medo é uma droga poderosa
Domine-o e você acha que pode fazer tudo!
Eu deveria me conservar para mais tarde
Ou ceder generosamente
Medo de perder, energia está drenando
Ele trancada seu peito, desliga o coração
Miseravelmente e mesquinho
Vamos abrir: compartilhe!
Quando eu uma vez fui destemida
Inocência rugiu, ainda espanta
Intocável inocência
Isso ainda está aqui, mas em lugares diferentes

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1º: ouvi essa música (segundo um amigo meu que acabou me acompanhando numa baladinha de rock no sábado de carnaval), mas nem prestei atenção na letra. Entonses, hoje, ele me enviou por link do msn e achei que ela traduz a saudade da minha inocência por tudo: pessoas, sentimentos, eu mesmo. Entretanto, cada vez mais prefiro ser assim.

2º: beijos Thá, Lou, Nana e Guto: o carinho, as risadas e as reflexões que vocês me deram nestes dias foram únicos, singulares.

3º: Cumprimentos pelo niver da jackou: daqui mesmo comemorei muito por você! ;-)

4º: hoje tem balada com músicas toscas! Uhu! Que carnaval divertido!

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Meus Carnavais em Curitiba

Salve!

Considerando que a minha vida é um turbilhão de coisas, sentimentos e acontecimentos, os três períodos de carnaval que passei nesta cidade (digamos que isto soa como pós-scriptium, rs) foram, digamos assim, curiosos.

o 1º: resolvi me mudar pra cá justamente nestes dias. Aproveitei com meu amigo Vitor, fomos para alguns lugares toscos, etc, etc. Ri muito

o 2º: meus amigos todos viajaram... eu fiquei por aqui mesmo... todos os dias, em casa. Apesar disto, não foi tão ruim assim.

3º: o deste ano é ano de decisões, reclusões e outras cositas. Não reclamo, faz parte do período.

Azúcar!