sexta-feira, 15 de setembro de 2006

Fast Food X Feijão-com-Arroz (IIª parte)

Continuando meus devaneios sobre essa questão...
O que é mais fácil? Dar um viva pra tudo o que é fast food ou ficar no feijão-com-arroz, todo santo dia? Sei lá...
Engraçado como a gente encontra pessoas que, diante de tantas "intoxicações" [rsrs] com os fast-food, ficam tão desiludidas, endurecidas, que passam a crer que o feijão-com-arroz ideal não existe. Até eu em certos momentos me pego desse jeito. Hoje, nesse exato momento que escrevo eu me sinto assim. Mas vamos usar nossa massa cinzenta: as duas coisas [tanto o feijão-com-arroz como os fast food], se nem são mescladas, acabam virando numa puta duma chatisse. Me lembro claramente quando fui morar em Foz com minha irmã. A situação tava tão preta no primeiro ano que ficamos lá que a gente só comia arroz, feijão e costela. Quando as coisas começaram a melhorar, meu cunhado disse, bravamente: Chega! Vamos comer comida árabe seis dias por semana... e uma vez [só uma vez], o feijão-com-arroz. No começo todos nós [minha irmã, eu e meus três sobrinhos] demos vivas. Mas sabe que depois caiu na mesmisse!? Pois eh, quando eu sabia que minha irmã faria tal comida, eu simplesmente comia fora [na cantina do colégo, na rua, ou nem comia]. Hoje, indo pra casa pela manhã depois duma conversa com um amigo, comecei a conversar com um senhor no ponto de ônibus [falador que sou] e ele me contou que, depois de 40 [sim, quarenta!] anos de casados, filhos criados, ele disse que vai se separar da mulher. Disse pra mim que não aguenta mais, que ficaram felizes por 13 anos. E depois caiu na mesmisse: ela reclamando de tudo, ele [segundo o que me disse] tentando melhorar. E disse que ele, aos seus 57 anos, quer aproveitar a vida. E me disse sorrindo, como se estivesse se libertando de uma prisão. Mas ele me confessou que gosta dela ainda, mesmo com tudo caindo, ama ela. Só que nem tem mais jeito.
Bom, sei lá por que é que escrevi isso aqui hoje. Talvez pq, mesmo nunca ter acreditado naquela historieta felizes para sempre [na verdade eu acredito em amores possíveis: os fast food sempre nos tentam, e algumas vezes caímos nisso. Mas o que todo mundo nesse mundão quer é mesmo o trivial. Dividem-se em dois grandes grupos: os que confessadamente dizem aos quatro ventos e os que se fazem de racionais, "ratos de liquidação fast-food" mas que lá no fundo do seu coração invejam quem tem criatividade pra, todo dia, fazer daquela comidinha básica A COMIDA], eu, mesmo com esse desânimo que me assola, ainda acredito em contos do feijão mágico.
bem, é isso...

p.s.: acho que foi o post mais louco que escrevi até hoje... como pude viajar tanto? rs...

Um comentário:

Thaís Fronczak disse...

Não é tão maluco... pq meu caro.. eu tenho um exemplo desse aqui dentro da minha casa, é minha mãe!
Então eu acho q há males que vem pro bem, e que o felizes para sempre nem sempre significa morar sobre um mesmo teto!
Humpf!
Agora me vou, com minhas unhas vermelhas que adoro, me aprumar pq afinal de contas ainda tenho uma reuniao de grupo de jovens pra ir!
Beijos e otimo domingo! ;**