quarta-feira, 19 de julho de 2006

Diferentes, Divergentes, Mas Que se Complementam


Interessante: a gente vive num contexto social onde o liberalismo é pregado a todo instante: de costumes, de sexualidade, de direitos iguais, de opinião e expressão, de comportamento, de moda, de educação, de ética. Mas a mesma sociedade que prega esse liberalismo é a que mais escraviza: impõe, ainda que sutilmente, que só seremos gente a partir do momento que tenhamos uma imagem a apresentar, e quanto mais atraente, tanto melhor. É igual aquela historinha da maçã bela por fora e podre por dentro. Veja: hoje em dia é muito mais fácil sair pras baladas, dançar as mesmas músicas, ver as mesmas pessoas, se interessar por alguém, dar uns beijos, transar se for o caso, e xau! Como se nada tivesse acontecido. Sim, namorar dá trabalho, pois isso implica em conhecer a pessoa pouco a pouco, estabelecer confiança, e tudo o mais. Não vou dizer que não fiz essas coisas, mas isso não é nenhum pouco dignificante. Ou então, o que é pior, idealizamos pessoas na nossa imaginação que nunca vão existir: ela tem de ser perfeita. Ora, se eu não sou perfeito, por que é que tem momentos que exigo que a outra pessoa seja assim? Penso que a historinha das metades da laranja é a pior balela, pois dá a idéia de imcompletude. Deus nos criou com todas as faculdades, inclusive a de se abrir ao outro e amar.É romântica essa história de sair procurando sua 'cara metade', mas também perigosa. Só somos do outro a medida que nos entregamos por inteiro. E amor não é essas pseudorelações que eu chamo de fast food [na primeira semana beija, na segunda transa e diz eu te amo, na terceira se cansa e na quarta trai e termina, igualzinhas as modas que a mtv prega, que as novelas nos colocam guela a baixo, que as músicas tatuam no nosso cérebro, como se achassem que todos somos idiotas], mas algo que seja intenso, que te faça crescer e te faça alguém melhor. Ser louco que sou, eu prego sim a liberdade [que os negros, brancos, amarelos, mulheres, idosos, crianças, homossexuais, místicos, ateus... tenham o direito de exercer sua opinião e expressão, mas que respeite a do outro acima de tudo, pois é gente!]. Todos têm pelo menos o direito de saber que elas podem fazer de suas vidas um instante mágico, não relegar ao négócio que intitulam destino seus fracassos e falhas [sim, falhamos, e como!], e sim fazer da sua vida A VIDA! No entanto, toda essa liberdade deve ser acrescida de responsabilidade, pois um dia prestaremos contas dos nossos atos.
Revoltado?! Talvez. Mas prefiro ser esse ser revoltado e continuar a acreditar no 'pote de ouro' no final do arco íris do que viver a vida inteira como um robô: sem alma, sem coração, sem indignação, sem capacidade de provocar e de estender a mão, sem vontade de ser ele mesmo: Diferente, divergente, complexo, simples. O SER!
Bem, é isso...

3 comentários:

Thaís Fronczak disse...

humpf, perdi tudo o q escrevi! ¬¬
mas resumindo, estava dizendo q nossos blogs parecem q estão interligados, é estranho ver como nossos pensamentos vão pelos mesmos caminhos sem que a getne converse com frequencia né.
adoro essa nossa pseudo-telepatia!!!!uahaiuhauihaua
beijos e otima semana!

Carol Ramalho disse...

Acredito que a vontade de mudar tá dentro de cada um e não dentro do que a sociedade impõe, assim como vc disse.

Só a cargo de curiosidade, rs, as vezes eu me canso um pouco dessa coisa de grupo de jovens, mas aí eu me lembro que é por causa desses valores cristãos que eu aprendo a cada dia que criei esses valores e esse senso crítico dentro de mim..

=]

Jaq Gimenes disse...

COncordo em grau, número e gênero... como que uma socialista consumidora de fanta não concordaria com pensamentos revoltantes como estes!

Saudades!
cuide-se!
*o:
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Ah! valeu por ter ligado aquele dia, fiquei super contente!