São pouco mais de onze e meia da noite deste sábado e, depois de alguns acontecimentos desagradáveis dos últimos dias, vi claramente que nem tudo o que vemos ou julgamos ser algo é na verdade o que está posto. Trocando em miúdos, nem todas as sensações e sentimentos nossos são vindos daquilo que julgávamos que eram. Complicado? Bem...
Pra entender melhor porque é que constatei isso, hoje fiquei o dia inteiro perdido dentro de casa, sem saber simplesmente o que fazer, teclando por aqui e por ali, falando com um e outro, até que decidi: vou andar um pouco, preciso colocar meus pensamentos em ordem. Antes, conversei com a Josi e falamos sobre coisas banais. Andei pelo centro, fiquei pensando sobre o amor, sobre relacionamentos e sobre como cada pessoa trabalha com isso, umas disfarçando sua solidão se fazendo de fortes, racionais e calculistas, outras se entregando de corpo e alma, outras em doses homeopáticas. A raiz disso tudo é que, quando não conseguimos estar de bem conosco, nada dá certo, e tem vezes que recorremos a válvulas de escape (gastar um monte, ficar com o maior número possível de pessoas, beber aos montes, entre outras coisas). Eu experimentei um pouco de tudo isso. Grande descoberta?! Derr..., claro que não, né, Michel? Todo mundo sabe disso... mas será que todo mundo tem a clareza disso? Enfim, encontrei o primo do meu amigo Jacques andando pela XV junto com duas colegas da faculdade dele e conversamos animadamente. Foi ótimo, pois eu vi que nem sempre precisamos dos outros pra estabelecer o nosso equilíbrio. Não quero dizer com isso que somos ilhas, mas os primeiros passos sempre são nossos. Voltei pra casa melhor, feliz porque dei um sentido diferente pro meu dia. Feliz porque até mesmo os acontecimentos desagradáveis me fizeram enxergar coisas que nem pensava. Feliz porque assim pude entender melhor os outros e, acima de tudo, eu mesmo...
Bem, é isso...
Um comentário:
A beleza está nos olhos de quem vê!
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