Eis a dúvida...

Ontem, quando pela tv vi sobre a morte do humorista bussunda, nem dei muita bola. Estava com sono e dormi, como se fosse mais uma notícia de fim de noite. No entanto, hoje, quando a Josi, minha colega de casa, disse, eu fiquei pensativo. Interessante: planejamos, pensamos, projetamos coisas, mas a bem da verdade é que, seres fracos que somos, pouco temos o controle de tudo. Aliás, nunca temos o controle de nada. Veja o caso desse grande humorista: utimamente ele estava até que cuidando da saúde, perdeu peso, tentava ser mais regrado. Mas somados muitos fatores que nem cabe mencionar aqui, ele faleceu precocemente. Estranha associação dessa minha complexa mente, esse acontecimento com o emaranhado de dúvidas que nós temos. Eh, daqui a uns dias fazem quatro meses que estou aqui e, apesar de me sentir mais forte diante de muitas situações, estou cheio de dúvidas. Não sei que caminho seguir, que coisas devo fazer, o que devo falar, que atitudes tomar, se devo me apaixonar novamente mesmo correndo o enorme risco de me enganar, mais uma vez. Não sei se fico imerso nessa absurda raiva que sinto de algumas pessoas, se simplesmente deixo pra lá. Se insisto nessa profissão ou se ouço o que meu coração diz. Uma grande amiga me disse que é bom termos dúvidas, pois aí é que vemos que somos FALÍVEIS, ou seja, imperfeitos. O que não podemos ficar é mergulhados eternamente na dúvida, pois assim esqueceremos de viver, ficando presos no caminho, igual burro empacado. Bussunda, humorista que saiu dos palcos da vida tão cedo, provou que viveu. Espero eu, simples moço, fazer o mesmo.

P.S.: ouvindo tangos, cozinhando pinhão e prestes a abrir uma garrafa de vinho que ganhei no meu aniversário. Receita bacana que me faz pensar nessas coisas pra espantar as "zicas" desse sábado frio e nublado. Bem, é isso...