sexta-feira, 11 de agosto de 2006

Amor Nos Tempos de Cólera


Diário de bordo:
Semana difícil. Viagem a trabalho, momentos interessantes, vida calma dos habitantes daquele lugar gostoso mas que aproveitei pouco, retorno pra casa, ninguém esperando, bronca à vista, rolo, contas pra vencer, fracasso emocional. Saldo disso? Uma bela cerveja gelada no veranico daqui, brindando o meu fracasso. Sim, quando vencemos, logo queremos estampar nossas vitórias pra quem quer que seja. Agora, quando é pra admitir nossas falhas... hum!Eh... confesso que, como diz um amigo meu, o dia foi trash!
Então, me associei a biblioteca pública daqui [que, diga-se de passagem, é enorme!], pensei comigo: nossa... há quanto tempo eu não entrava numa biblioteca pra saborear os livros! Achei o livro que eu tava super afim de ler [Gabriel García Márquez, o título dele é o mesmo que coloquei no meu post de hoje] e ele conta uma história de amor que é uma coisa real, sabe? Algo palpável, com riqueza de detalhas, tantos que tem horas que me irrita, mas algo super parecido com o que vemos por aí... e também um tipo de amor que nos tempos de hoje é cada vez mais raro.
Volto pra minha vida, tenho surpresas de "fantasmas": pessoas que nunca mais cruzariam meu caminho, como julgava. Tento ver o colorido das coisas, mas tem horas que a apatia é grande, o desânimo é iminente e a velha solidão está lá, sentada, elegante, esperando pra bater um papo. No entanto, quando estamos no fundo, sempre tem uma coisa boa pra acontecer na vida da gente, em cada momento da nossa adorável e por vezes fútul existência. Isso me conforta deveras. Por isso, apesar da semana trash, asseguro que eu sobrevivi a ela, tentando ser o mais digno e ético possível. E nem poderia deixar de mencionar as coisas boas que também aconteceram na semana [como por exemplo ontem, quando entrei numa igreja antiga polonesa, linda, consegui me concentrar por um tempo e sentir a paz de espírito, a serenidade. Ou quando dei risadas por coisas simples e bobas. Ou ainda quando ouvi coisas de alguém que eu jamais esperava. Isso eh bom!].
Diário de bordo: graças a você eu registro isso e, contemplando como que um papai vê um recém-nascido, vejo que eu vivo muita coisa!
Bem, é isso...
p.s.:a foto que posto é de um dia que, quem estava comigo sabe que foi memorável, legal. Igual a sensação de alívio que meu espírito sente agora...

2 comentários:

Thaís Fronczak disse...

Essa semana tbm posso dizer que foi trash como vc disse!!! Até cheguei a uma conclusão ser responsavel cansa meu cerebro e me trará mtas rugas no futuro! rs!
Mas olha... é como diz, Só carregamos o peso que conseguimos, então o jeito é respirar fundo e levantar a cabeça! E pq não brindar o fracasso!!

Ah, eu adoro bibliotecas, principalmente com livros mto fascinantes, pena q a de ~foz não me lembra uma, pra mim biblioteca temq ser como as de filmes, escurinhas, com luzes amareladas, e uma velha chata no balcão mandando voce ficar quieto a todo segundo! rs!
beijos e um otimo domingo ensolarado!!!

Jaq Gimenes disse...

Pois é... eu gosto de um diálogo de um filme que agora não me lembro... mas que é assim, uma cara conversando com Deus, e em um momento o cara diz:
" é o Senhor é quem escreve certo por linhas tortas"
e então Deus indaga: "Quem disse que eu escrevo linhas tortas?!"

Não é ele quem escreve linhas tortas, somo nós quem não sabemos ler da maneira correta, mas vejo agora que você éuma pessoa que sabe ler sim, saber VER aquilo que normalmente os outros não veriam, e sentir que as coisas valem a pena a pesar dos pesares.

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E eu estava lá naquele dia e sei como deve estar se sentindo, espero que ainda esteja assim!

Cuide-se meu garoto!
:o*