sábado, 30 de dezembro de 2006

Bienvenue 2007!

Pois eh...
Provavelmente esse é meu último post de 2006. Daqui há algumas horas muda apenas um número no nosso calendário cristão. Será?! Então o ano-novo é apenas isso? Todo mundo de branco, simpatias, adeus ano velho, abraços, desejos de paz mundial, queima de fogos... e no dia seguinte a sensação de que o cotidiano é o mesmo?
Ontem foi o aniversário de um grande amigo aqui... fizemos a festa dele acontecer... e o clima estava tão agradável que nem importaria se tivesse 10 pessoas ou duas, três... a festa aconteceria do mesmo jeito. E, nessa festa, pensei em muitas coisas que aconteceram comigo nesse ano, que confesso: de estático nem teve nada.
Sim, eu poderia estar em Foz, ter minha vida susse, namorando, trabalhando, etc. Mas tenho certeza de que eu não estaria feliz. Precisava dessa turbulência. É bem verdade que estou com mais dúvidas do que quando cheguei aqui, há quase um ano, cheio de sonhos, cinco malas apenas. No entanto agradeço imensamente a Deus por tudo isso. As dúvidas são importantes, pois fazem ver que nunca somos infalíveis.
Bienvenue, 2007!!!
bem, é isso...

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Pois eh...
Esses dias que antecedem 2007 pra mim são um pouco melancólicos. Talvez esse ano seja mais pelo fato de eu estar aqui. Soma-se a isso o fato de que essa cidade simplesmente pára em janeiro: todo mundo some. Enfim...
Hoje foi o último dia, dito "oficial" de expediente. O meu chefe fez um discurso bem bonitinho, simples. Ganhei presentes desde a hora em que pisei os pés aqui: de alunos e professores, foi bastante legal, nem esperava.
A verdade é que conversando com uma professora, dias atrás, confessei pra ela que nunca me senti uma pessoa tão perdida, esse ano de 2007 pra mim será uma completa incógnita... e isso me incomoda: nem tenho planos concretos de nada, não sei simplesmente o que fazer, pensar, agir, experimentar, sentir, vivenciar. Já me senti perdido algumas vezes, mas nunca como agora. No entanto, tenho a plena ciência de que esses questionamentos cabem apenas a mim.
Deus sabe quantos desejos, aspirações e sonhos eu tenho pra esse ano que inicia, pois afinal eu acredito sim que uma simples passagem de número, de data, de calendário implica em algo mais do que um X na data anterior. Espero que eles se cumpram, mas dessa vez nem quero pedir nada, a não ser saúde [mental, física] pra enxergar esse mundo à minha frente.
bem, é isso...

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Coletânia de Coisinhas de Fim-de-Ano

Sempre quando leio os post da Jackou [www.xaspimburiu.blogspot.com. Sim, isto é um mershandising, acho que é assim que se escreve] dou ótimas risadas, seja pela maneira interessante de ver as coisas, pelo jeito de reclamar ou ainda de achar um saco não ter idéia nenhuma pra escrever algo bacana. Sim, ela é o que algumas pessoas chamam de perfeccionista. Eu diria que ela é uma sábia metódica. Mas enfim...
O fato é que o post mais recente dela me fez pensar sobre algumas coisas, esquisitices e outras nomenclaturas minhas:
  1. Costumo dizer que sou uma pessoa romântica mas com os pés no chão. Mentira: só não sonho mais do que os contos de fadas por falta de espaço.
  2. Por muito tempo me fiz acreditar que sou um bom cozinheiro. Tirando as vezes em que queimei um bolo, joguei um bife no teto e ele ficou lá, grudado, taquei fogo no fogão, fiz kafta [um prato árabe que meus amigos comeram mais por piedade do que por gosto] e as pessoas olhavam pro prato com desconfiança, tiro toda a água do miojo e coloco o tempero direto no macarrão, qdo acordo de mau humor ou lesado esqueço algum tempero, queimo o arroz, deixo cozinhar demais o macarrão, salgo o feijão, invento umas misturas nada convencionais, bla bla bla...
  3. Me fiz pensar também que sou um menininho doce, calmo, angelical. Bem: se me der trela converso com qualquer um no meio da rua, falo alto, de doce só tenho a cara, falo mal de quem eu não gosto com uma sensaçãozinha de culpa de five minutes , dou presentes pras pessoas assim, do nada [quase sempre acho que é pra inconscientemente buscar algum tipo de aprovação, sei lá], adoro fervo, barraco, briga, boteco sujo, cafonice, lugares escrachados, xingar quando der vontade. Tem gente que simplesmente tem ojeriza [oun, que palavrinha difíciuuuuu] a essas coisas, mas me sinto bem melhor desse jeito do que me policiando 24 h por dia por causa de convenções. No entanto, nem sou de chocar. Sou desses que o jeitão esconde muita coisa...
  4. Indisciplinado com grana e relacionamentos. Minhas investidas nessas duas coisas não andam muito bem...
  5. Qdo quero fazer alguma coisa, mesmo que eu quebre a cara depois, simples assim, faço. Foi assim com minha tatoo, com minha mudança de cidade, quase todas as saídas de emprego, as idéias mirabolantes, etc e tal.
  6. Me faço de cético quando na verdade sou místico.
  7. Tento disfarçar, mas sou alguém extremamente carente [pelo amor... não força... rs] .
  8. Além disso, inseguro demais.
  9. Quando criança, até me simpatizava com papai noel. Hoje, quando vejo esses caras com uma barba e enchimento falso só pra ganhar uma graninha extra, me vêm a mente: bêbados, comedores de criancinhas, sósias daquele palhaço dos simpsons, etc.
  10. Odeio trabalhar, apesar de pegar no batende desde os 14. Sou um vagabundo reprimido pela necessidade de sobrevivência, simples assim.
  11. e outras cositas más que eu nem lembro, mas quem se lembrar de uma, é só dar um toque!

Bem... A Jackou disse que fim de ano, essa atmosfera de parentagem, natal, dingo bell, adeus ano velho deixa ela deprimida. Eu já fiquei assim um dia, principalmente quando adolescente. Hoje esse período pra mim é duma confusão tão grande... torço logo pra que venha a calmaria de janeiro. Mas fato é que cerca de duas semanas eu me permiti entrar um pouco nesse clima de reflexão e avaliação, de modo que algumas coisas já surgem na minha cabecinha. Deveríamos olhar mais pra essência das festas de fim de ano, independentemente de crença ou opinião e tentar captar alguma coisa delas pra nossa vida. Pelo menos é isso que eu estou tentando...

It's all...

domingo, 10 de dezembro de 2006

10 de dezembro

Minha rinite nem dá trégua, toh super atacado. Me mudei de lugar... agora moro num quartinho alugado, bem bacana, não fosse longe do centro e outras coisinhas que nem toh afim de escrever aqui.
Visitei um amigo meu ontem, foi super legal revê-lo. Fomos a um barzinho, aconteceu uma coisa nem tanto agradável pra outro amigo que estava comigo... e por isso azedou o clima [suponho] e fomos embora, mesmo com aquela atmosfera de "ignorar". Nem culpo ninguém que faça isso, tb ajo assim quase sempre. Na verdade eu acabei por solidarizar com meu amigo, mesmo não dizendo porra nenhuma, mesmo ele sendo super grosso e tal. Fiquei na minha, até pq momentos atrás estávamos rindo pra caramba e falando dos tipos de gente que a gente costuma ficar: o Vitor com as pessoas ditas "certinhas", o Ricardo com os mais parecidos com ele mesmo, passados alguns critérios que ele estabelece. E eu... bem... eu fico com pessoas estranhas. Que coisa...
As lojas aqui estão cheias, dingo bell, dingo bell, comprinhas pro natal, 13º, eita nois!!! Sem contar a apresentação das criancinhas, que até agora nem tirei um tempinho pra ver. Do jeito que sou, é capaz de passar batido...
Vim pra uma lan house, espantar o tédio de meu domingo, desse momento, pensar em algumas coisas. Ouvir um sonzinho, ver gente, essas coisas.
Assim eu terei mais coisas interessantes e, consequentemente, post mais legais e úteis do que esse.
Bem, é isso...

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Eu tive um sonho

"Eu tive um sonho/ vou te contar/ eu me atirava do 8º andar/ e era preciso voar pelas escadas/ pra não morrer e não me machucar/ é o que devemos fazer... não temos que ter medo... é o que devemos fazer..."
Eu tive um sonho estranhíssimo. Dentre outras coisas, pessoas e situações, me lembro claramente de eu no começo do sonho fazer vários nós numa corda... e no fim dele eu desamarrava esses nós... e me sentia relax com aquilo.
Tive um dia meio conturbado. Resolvi fazer o teste HIV [campanha do dia 1º de dezembro, neuroses na cabeça. Pudera: tive algumas relações esse ano sem camisinha. Como cristão, e particularmente como católico, deveria ser contra relações sexuais antes do casamento, entre relacionamentos com pessoas do mesmo sexo, casaizinhos de namorados, etc e tal. No entanto, como trabalhei 6 anos com jovens, e sei que quase todos os jovens possui uma vida sexual ativa e sei também que boa parte desses mesmos que tive contato "de dia acendem uma vela pra um santo e à noite... bem... entenderam, né"? , o mais correto é se proteger e tentar viver bem, simples assim. Penso que o problema do sexo não se resume no ato em si, mas nas motivações, consequências, segurança. Mas esse assunto é pra outro post] e presenciei duas cenas que me chocaram.
A primeira era ver um menininho de uns três anos, no máximo. Um garotinho elétrico, sorridente, bonito, fofinho. Um senhor que estava com ele, a certa altura da conversa, conversando com outro moço, baixou as calças do garoto e lá estavam algumas manchinhas vermelhas na perna do piá. Bleh!
A segunda situação, algumas horas depois dessa, simplesmente cruel: uma moça bem simples saindo da sala com o resultado na mão, dizendo baixinho, mas o suficiente para as pessoas que estavam sentadas perto da porta ouvirem: "acho que eu vou ver Deus mais cedo", uma coisa assim. E dava risada, conversava como se nada tivesse acontecido. Uma senhora que estava sentada ao meu lado virou-se pra mim, logo depois de ver o exame da moça [ela estava como acompanhante] e disse, em tom de desabafo: deu positivo...
Bem, pra encurtar a conversa: fiquei quase quatro horas no centro de orientação. E quero aqui registrar meu agradecimento aos profissionais do lugar, nem parece que é serviço público de saúde. Não é atoa que o programa DST/AIDS brasileiro é considerado um dos melhores do mundo.
Depois, vim trabalhar e os alunos aqui estavam chatos, essa que é a verdade. Quando menos esperava, ganhei um livro de presente de uma aluna. Disse ela que era presentinho de natal. Achei tão bacaninha o gesto que daquele momento em diante, meu resto de dia ficou mais leve.
Sabe, quando acordei, hoje, depois desse sonho e refletindo o meu dia anterior ví que boa parte das neuroses que a gente têm são tão simples de serem resolvidas! Aconteceram muitas coisas, minha cabecinha de vento continua com uma porção de dúvidas, medos e monstros. E quer saber? Simplesmente não sei lidar com nada disso. Apenas sei que preciso aceitá-las como parte de mim, desencanar com esses diabos e seguir meu caminho. Da melhor maneira que eu puder. Dum jeito que no saldo final do balanço de nossas ações, eu esteja com a conta positiva.
Sou um meninogarotohomemnonsense com uma porção de defeitos: sou neurótico, chato, ácido, impulsivo às vezes, grosso, semvergonha, e tudo e tal. Mas tenho qualidades, à espera de que eu dê mais atenção daqui pra frente à elas e que mais pessoas apreciem esse estranho ser.
p.s.: Ah! o resultado do meu teste foi, graças a Deus, negativo!