quinta-feira, 21 de maio de 2009

Pós Cumpleaños

Eu não sei lidar com aniversários, essa que é a verdade.
Todo aniversário, eu acordo com uma sensação estranha, algo que nem sei explicar direito: ao mesmo tempo é bom, mas é ruim, é chato, mas é legal.
Mas apesar dessa estranheza, uma coisa eu sei, que isso me incomoda.
Incomoda me sentir assim. Incomoda as pessoas dizerem: hoje é um dia especial, bla bla bla... e lá no teu fundo vc ao mesmo tempo não sentir nada disso que falam... mas saber que não é uma coisa comum esse tal dia, essa tal ocasião.
Desse ano não foi diferente: fui pro trabalho, algumas coisas me aborreceram profundamente, deu vontade de dar um berro e quebrar tudo, mas me contive. Fiz as tarefas e me dei um presente neste frio curitibano, um chocolate quente com licor de amareto e um bolo com calda de chocolate, todo desenhado, numa cafeteteria chique daqui. Quando vi a conta, me dei conta de que ia sentir falta da grana, mas depois? Werever, é meu presente.
Deu vontade de ligar, enquanto eu sorvia o chocolate, pra um monte de gente que não está perto hoje, só pra dizer oi, saber da vida, sei lá.
Talvez este foi o niver mais silencioso e pensativo que passei. E, quando cheguei em casa e vi que meu amor fez uma janta bacana, essa sensação me invadiu de novo. Não disse nada, cumpri o papel de aniversariante, vi friends again e fui dormir, com essa coisa indefinida queimando no meu peito.
Fazer aniversários talvez seja assim mesmo: vc sabendo que existe um dia único, só teu, mas ter ciência de que o mundo não vai parar por sua causa e que as coisas chatas estarão lá, pouco "se lixando" pelo teu dia. E que também surpresas agradáveis estarão lá também.
Bem, chicos e chicas, é isto.

2 comentários:

Fernanda Spala disse...

Sei bem o que é se sentir estranho no aniversário. Eu fico muito deprimida no meu. Não que eu não goste do meu aniversário, mas me sinto esquisita. Acho que acabo aceitando os parabéns de uma forma meio automática, com um sorriso amarelado... e eu não tenho aniversário. Eu só tenho natal.

Tati disse...

É como se a gente quisesse que o mundo inteiro parasse para nos dar atenção. Mas se ele pára, a gente quer sair correndo, de timidez. Comigo é assim. :o)