Pois Bem... entrego os pontos!
Às vezes fico imaginando milhões de pessoas transitando por aqui. Eu e meu nada modesto ego se sentem massageados por essa visitinha, apesar de ter a plena consciência de que pelo pouco que escrevo aqui, não dá pra tirar muita coisa. Em outras palavras, não tem histórias fantásticas, nem fervo, nem relatos picantes. Rien de rien.
Tudo para mim é passível dum bom texto, uma boa escrita. A mobilização da não prorrogação da CPMF, por exemplo. Vejo a indignação de muita gente que lá, coitada, tira seu dinheirinho da poupança, tem uma taxa irrisória lá no comprovante e pensa: deixa pra lá, nem vale a pena reclamar do desconto, do imposto, da cobrança indevida.
Daí podemos sugar todas as palavras e expressões possíveis, prós e contras, sobre esse assunto. Daria um puta dum texto.
Mas daí fico imaginando: Com a correria do cotidiano e a massificação de pensamentos [especialmente de quem é da minha faixa etária, onde o lance é beber, vestir bem, mostrar o corpitcho e trepar loucamente, pelo menos com camisinha...ufa!], quem é que liga pra CPMF? Nem, já descartei...
Depois pensei nos acontecimentos políticos que passam por aqui: mensalões, sanguessugas, figurões usando "laranjas" pra ganhar mais dindin [tadinhos, estão servindo ao povo, são tão pobrezinhos e necessitados...]... enfim, surgiu uma luz espetacular e pensei: noooooooossaaaaa, que belo post daria.
Mas daí, a velha incoerência, sensatez, pessimismo, autocrítica... sei lá, de mim, pensou: deleta mano! Isso nem vai... seu textozinho nem fará diferença pra nada.
Entonses pensei em falar de coisitchas [hunf...apelando agora pra esses expressões fofutchas...] del corazón: minhas experiências, as dos outros, os poemas, livros, discos, filmes e frases que me tocam.
Mas lá estava ela, sisuda, de óculos bem grossos, um belo talheur [a censura de meu ser], argumentando: Para quê? Quem quer saber de histórias melodramáticas cheirando a discos do Roberto Carlos?? Hunf!
Bem, depois de todas essas experiências me convenci de que nunca terei cacife para escrever textos como Drummond, Quintana, García Márquez, Jabor e tantos outros escreveram em algum momento de suas fantásticas trajetórias. Também percebi que isto aqui cada vez mais está à míngua, tanto da minha parte, bem como de quem deixa pelo menos um recadozinho dizendo:ooops, passei por aqui. Entrego os pontos nesse quesito!
No entanto, estou cada vez mais convencido de que esse jeito michelito de olhar e escrever as coisas é o que me dá mais prazer e me dá o título de escritor, ainda que o exercício seja sofrido e o resultado pífio.
Azúcar!
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
Sobre Pessoas
Buenas!
Mesmo pouquíssimo empolgado em participar dum evento, convidado pela minha colega de trabalho e amiga Vera, resolvi ir. Como quase todos os eventos que costumo ir, fui sentar na última fileira e bem atentamente observei os sinais. Ouvi dizer um dia que tem gente que fica incomodado com a felicidade dos outros. Pois bem, no começo eu achava muita forcação de barra, aquele povo todo dando muita risada, contentissíssimos com as megahiperultra extraordinárias coisas que aconteceram na vida delas, parecia até que eu estava num culto da Universal, ou num daqueles inúmeros retiros e cursos que eu fui e cheguei a organizar um dia.
Já no fim da tarde, apareceram dois palestrantes que obviamente, como todos os outros, defendiam seus produtos apresentados. Acontece que as coisas que eles diziam, de cunho extremamente prático e motivacional na dose certa, mexeram comigo. O mais interessante é que eles falavam muito mais da simplicidade em viver bem [aproveitar a vida] do que pura e simplesmente apresentar a eficácia dos produtos que eles defendiam.
Talvez por isso que uma frase martelava minha mente quando estava na minha cama, em pleno sábado agradável, em casa:
"até que ponto o ceticismo pode ser uma vício. Ou uma virtude".
;)
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Sobre Administrar o Tempo
Buenas!
Desde que comecei a trabalhar na área administrativa, sabia que procedimentos e rotinas de escritório geram uma carga de estresse. Mas hoje foi um daqueles dias nos quais eu sentia que estava forçando meu corpo e minha alma a aguentar mais do que podia. Em suma, foi um dia de trabalho bastante difícil.
Minha colega de trabalho Simone me contou, no decorrer do estresse dessa sexta-feira, que um pai de um amigo dela tinha morrido hoje, de um jeito fulminante. Fiquei pensando na carga de coisas, metas, incompetências, competências, prazos, clientes, pessoas que nos cobram a todo instante, e os consultores empresariais cada vez mais defenderem a bandeira de que isso é normal.
Entendo que a normalidade seja um estado de equilíbrio das faculdades físicas e emocionais, no entanto não é o que a gente vê na maior parte das empresas. Então, de que adianta cumprir inúmeras metas se perdemos saúde, bem-estar? Qual é o objetivo de tanta gente acumular tanta coisa diante de si, porque julga simplesmente não conseguir viver sem aquilo [internet, celular, palm, mp4, laptop, balada toda semana [de uma maneira religiosa, tanto que até passou do patamar da diversão e passou a ser obrigação, porque o exercício de sentar e ficar em casa é duro!], enfim... para que tanta coisa se na verdade a gente precisa é de tão pouca coisa?
Há gente que acha primitivo acreditar numa força maior que nos dá a vida, ou que otimismo em excesso é piegas, ou ainda que admitir que falhou é sinal de fragilidade.
Eu me sinto meio frustrado porque confesso: não estou conseguindo lidar do jeito que eu gostaria, com todas as pressões e acontecimentos. Sei que preciso do dinheirinho pra pagar minhas contas e dar o mínimo de coisas.
No entanto, também sei que essa vida de metas, otimização dos resultados, planilhas, custos, prazos, prazos e mais prazos extenuantes e sacais não é o que eu quero pra mim. E mesmo com tudo isso, batalho cada dia pra conseguir me desvincular de todo esse bojo.
bem, é isso...
Desde que comecei a trabalhar na área administrativa, sabia que procedimentos e rotinas de escritório geram uma carga de estresse. Mas hoje foi um daqueles dias nos quais eu sentia que estava forçando meu corpo e minha alma a aguentar mais do que podia. Em suma, foi um dia de trabalho bastante difícil.
Minha colega de trabalho Simone me contou, no decorrer do estresse dessa sexta-feira, que um pai de um amigo dela tinha morrido hoje, de um jeito fulminante. Fiquei pensando na carga de coisas, metas, incompetências, competências, prazos, clientes, pessoas que nos cobram a todo instante, e os consultores empresariais cada vez mais defenderem a bandeira de que isso é normal.
Entendo que a normalidade seja um estado de equilíbrio das faculdades físicas e emocionais, no entanto não é o que a gente vê na maior parte das empresas. Então, de que adianta cumprir inúmeras metas se perdemos saúde, bem-estar? Qual é o objetivo de tanta gente acumular tanta coisa diante de si, porque julga simplesmente não conseguir viver sem aquilo [internet, celular, palm, mp4, laptop, balada toda semana [de uma maneira religiosa, tanto que até passou do patamar da diversão e passou a ser obrigação, porque o exercício de sentar e ficar em casa é duro!], enfim... para que tanta coisa se na verdade a gente precisa é de tão pouca coisa?
Há gente que acha primitivo acreditar numa força maior que nos dá a vida, ou que otimismo em excesso é piegas, ou ainda que admitir que falhou é sinal de fragilidade.
Eu me sinto meio frustrado porque confesso: não estou conseguindo lidar do jeito que eu gostaria, com todas as pressões e acontecimentos. Sei que preciso do dinheirinho pra pagar minhas contas e dar o mínimo de coisas.
No entanto, também sei que essa vida de metas, otimização dos resultados, planilhas, custos, prazos, prazos e mais prazos extenuantes e sacais não é o que eu quero pra mim. E mesmo com tudo isso, batalho cada dia pra conseguir me desvincular de todo esse bojo.
bem, é isso...
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
Sobre Coisas e Lugares Comuns [e que na verdade nem são taaao comuns assim]
Buenas!
13:49 de uma segunda-feira, 13 de agosto de 2007. Um bom dia para escrever coisas extraordinárias, deixar alguma mensagem de incentivo, ou qualquer outra nomenclatura do gênero.
A bem da verdade é há quinze minutos eu estava pensando no que postar hoje. Então resolvi falar um pouquinho sobre coisas comuns. Especialmente, das coisas comuns que me incomodam, diga-se: convívio.
Sábado a noite fui ao café do teatro papear um pouco, sociabilizar, curtir. Diante de alguns comentários super desagradáveis que ouvi [independentemente de certo ou errado da perspectiva de quem disse e quem ouviu], e que, diga-se de passagem, faz parte de comportamentos irritantes cada vez mais comuns, fui andar um pouco antes de me encontrar com o Willian.
Nessas andanças pensava em quanto eu tinha incorporado pensamentos e comportamentos que não eram meus, mas que de um momento "mágico" tornaram-se parte do meu cotidiano. De como eu esqueci que a raiz da maior parte das coisas desagradáveis que acontecem na minha vida é por culpa minha, simples assim.
Nas últimas semanas eu tenho me surpreendido com a listagem de coisas que ando fazendo de cunho extremamente prático, e de maneira bacana, até: administrando as coisas que tenho pra fazer no meu trabalho, as pendências, os projetos, as dívidas. No entanto, ainda falta muito para aprender a administrar de maneira mais eficaz os encontros e desencontros dos relacionamentos que permeiam meu caminho.
13:49 de uma segunda-feira, 13 de agosto de 2007. Um bom dia para escrever coisas extraordinárias, deixar alguma mensagem de incentivo, ou qualquer outra nomenclatura do gênero.
A bem da verdade é há quinze minutos eu estava pensando no que postar hoje. Então resolvi falar um pouquinho sobre coisas comuns. Especialmente, das coisas comuns que me incomodam, diga-se: convívio.
Sábado a noite fui ao café do teatro papear um pouco, sociabilizar, curtir. Diante de alguns comentários super desagradáveis que ouvi [independentemente de certo ou errado da perspectiva de quem disse e quem ouviu], e que, diga-se de passagem, faz parte de comportamentos irritantes cada vez mais comuns, fui andar um pouco antes de me encontrar com o Willian.
Nessas andanças pensava em quanto eu tinha incorporado pensamentos e comportamentos que não eram meus, mas que de um momento "mágico" tornaram-se parte do meu cotidiano. De como eu esqueci que a raiz da maior parte das coisas desagradáveis que acontecem na minha vida é por culpa minha, simples assim.
Nas últimas semanas eu tenho me surpreendido com a listagem de coisas que ando fazendo de cunho extremamente prático, e de maneira bacana, até: administrando as coisas que tenho pra fazer no meu trabalho, as pendências, os projetos, as dívidas. No entanto, ainda falta muito para aprender a administrar de maneira mais eficaz os encontros e desencontros dos relacionamentos que permeiam meu caminho.
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