sexta-feira, 13 de março de 2009

Sobre Flores Astrais, Bate O Pé And Drops

Queridos!

Há tempos que eu queria ter coragem para admitir (a mim, primeiramente) e escrever isso, mas sabem como é: dirão que estou a trair os movimentos, que essa história nem combina muito comigo. Ou ainda que pirei de vez.
Mas enfim... chega de delongas, vou dizer:

EU OUÇO MÚSICA SERTANEJA.

Refeitas as carinhas que os leitores fizeram, deixe-me explanar.

Já disse outras vezes aqui que, quando criança, logo após meus pais se separarem, minha mãe resolveu abrir um bar. E era desses, meio que na beira da estrada, indo pra fronteira com a Bolívia do queridíssimo e controverso Evo (Corumbá-MS). Pois bem, de tanto ouvir as músicas do Trio Parada Dura, Milionário e José Rico, As Irmãs Galvão e tantos outros, peguei gosto pela música.
Aí, anos e anos se passaram, virei um moço super hiper mega eclético, mas continuo curtindo algumas coisas e sinceramente, acho meio infundadas certas críticas que fazem a este gênero musical. Sei que estou entrando numa seara perigosa, tal como o pagodiiii, por exemplo, mas tenho argumentos relevantes, sacam:

1) As letras são simples, fáceis de saber o que o intérprete diz. Falam do cotidiano da roça, cantigas de roda, da família, dos bailes, rodeios, e dos amores. Ah, isto é um caso a parte, pois eles sabem fazer o que poucos outros gêneros musicais fazem, ao meu ver, que é falar da famosa dor de cotovelo com tanta rasgação e maestria. Você vê que o peão suuuuuuper valoriza suas dores, até manda pro inferno literalmente quem destruiu os mais cálidos sonhos de amor.
Lógico meus queridos que Elis Regina, Djavan, Chico Buarque, Alanis, Ana Carolina, Maria Bethânia, Cartola e outros que adoro também choram as pitangas nas músicas fazem. Só que de uma maneira apurada, refinada, disfarçada, extremamente poética. E nem todo mundo entende. O que eu sei é que boa parte do que se diz sertanejo hoje eu simplesmente nem ouço, mas algumas coisas eu acho ideais para aquela fossa. Quem não teve um dia de bebedeira e só caiu em sí depois que reparou q tava ouvindo Chitãozinho e Xororó que atire a primeira pedra! Ou melhor, lembram dos relacionamentos escrachados, meio fuleros, mas que em dado momento vc tirou uma lasquinha? Entonces, acho que sacam o que digo, né?

São tantas coisas...

2) Alguns dos Shows que eu fui eu senti uma energia muito positiva, bacana. Ou pelo menos eu dei muitas risadas de tanta coisa ridícula que eu vi, como quando uma vez eu e uns amigos obrigamos literalmente a Jackou a ver o show do Guilherme e Santiago, lá nos idos da Fartal, nas estâncias de Foz do Iguaçu. Tá, o show em si foi horrível, vá. Mas nos divertimos tanto aquela noite dando risada que entrou na galeria memorável de coisas legais do Michelito.

Alguns shows sertanejos que eu fui: Roberta Miranda (me lembro que minha mãe até me obrigou a pegar o autógrafo dela... rs e eu fiz o favor de perder), Almir Sater.

3) Elas resgatam algumas coisas da vida rural, do passado, e de tradições de um Brasil. E mais do que isso, são fruto autêntico do nosso país, tal qual o gauchesco, o fandango. É um gênero que as massas ouvem muito, porque elas se identificam muito com isso. Pero remember que o samba quando surgiu era marginalizado tb e hoje eu diria que em alguns casos é até elitizado.

4) Algumas (poucas) coisas novas nesse ramo musical vale a pena ouvir, pelas letras legais, pelo jeito contagiante, pela melodia. Foi como eu achei legal algumas músicas do Vitor e Léo. Algumas, eu disse, rs (Fada?! For God Sake!, rs). Como Noite Estelar.

Composição: Victor Chaves / Leo Chaves

Meia noite e meia
Saudade me desperta
Fico vendo estrelas da janela

Violão no peito
Pensamento nela
oh, paixão sem freio na banguela

Eu, que andava meio sem motivos pra sonhar
Descobri que não existe hora nem lugar
Pro amor chegar
O céu mais lindo está no seu olhar

Humm, noite estelar
Sonhos que me levam
Ventos que te trazem pra sempre ficar

Humm, noite estelar
Um beijo no espaço
Um sorriso, um abraço pra sempre ficar
No seu olhar

5) E, senhores, por fim, elas fazem rir. Pelo Menos a Mim. Rir do ridículo, do dúbio sentido de algumas letras (Teodoro e Sampaio que o diga!), do tipo dos cidadãos que cantam, das coreografias, enfim. Para mim, não são músicas para serem ouvidas sempre, nem é o meu gênero preferido, mas é mto querido por este ser que vos escreve. Um exemplo disso foi neste domingo, onde eu vi, no programa da Inezita Barroso (TV Cultura), a cantora Perla (índia, remember?), cantando algumas músicas. Até o mais cético riria daquilo e o deixaria cinco segundos mais feliz no dia. Qto a mim? Achei o máximo. Bem, este fórum está aberto a despachos e discussões sobre tal assunto. Xinguem, descordem, reforcem, tragam novos pontos de vista. Bjo no coração.
*****************************

a) Alguém que curte secos e molhados poderia me explicar o que os caras quiseram dizer na letra de Flores Astrais? Please...

b) Meu cabelo continua grande. Uma semana e meia a mais e zás!

c) Toh Feliz pela Nana. E ela sabe o motivo. :)

d) Aberta a caça ao coelho da páscoa. Better: aos chocolates e promoções de tudo qto e coisa e loja. Salvem-se quem puder!

e) Um bj pra NumeTeixeira, jornalista que conheci no ônibus, enquanto ia pra casa, e tive uma conversa super legal sobre fotografia e outras coisas da vida.

f) Ganhei um cravo branco, rá! Imaginem a carinha nonsense e feliz que eu fiquei...

g) Tende paciência pro post meio longo...


Um comentário:

Fernanda Spala disse...

Eu também tô feliz por mim ;)