Encontrei, afinal, inspiração para escrever nessa manhã cinzenta de Curitiba [e que depois, tímido, saiu enfim o sol]. Mas as idéias não são ordenadas, obedecendo um sistema linear, métrico: começo, meio e fim. Acho que o título desse post descreve um pouco o turbilhão de coisas que vemos, observamos, quando estamos num ônibus: conversas triviais, entusiásticas, discussões, silêncio. Da mesma maneira ocorreu comigo.
Posso dizer que num mesmo dia chego no céu e inferno, equilíbrio e caos. Ontem mesmo, fiz muitas coisas: tomei chimarrão logo cedinho com meu amigo padre, banquei o detetive pro meu patrão, falei com alguém pelo fone no qual confesso que meu coração está interessado, liguei pro Jacques pra saber das coisas, fui no bar do alemão com uma companhia agradável, fiz sexo num motel barato de cama vermelha [uhu!], encontrei uma moça na rua me pedindo dinheiro pra comer e contando uma história de contar o coração, mas que sinceramente não acreditei em nenhuma palavra do que me dizia. Mas mesmo assim, resolvi bancar o bom samaritano, ajudei, acreditei pifiamente, rs.
Tive saudades dos meus áureos tempos de jovem engajado de paróquia, dos ambientes e tudo o mais [ou na verdade eu senti saudades dos meus amigos, eles me fazem uma falta absurda], mas igualmente confesso, diário virtual, que essa saudade durou apenas cinco minutos. Apesar de tudo, eu me sinto seguro, feliz, revigorado. Como a caneca de chámistureba [ginseng, uxi amarelo e unha de gato] que aprecio agora, neste exato momento, enquanto escrevo.
Não sou um ser que tem a vocação para a virtude por excelência, digamos assim. Ser íntegro, honesto, saber medir as palavras, ser polido e gentil sempre, como algumas pessoas que conheço [a Vera, por exemplo, talvez ela nem imagine a admiração que tenho por ela]. Mas essa experiência de manter minha mente ocupada por 14 horas, todo santo dia, é ótima. Trabalhar com pessoas tão divergentes e diferentes de mim me obriga a refletir. Dar aulas é uma experiência singular, instigante, excitante. Não cobrar tanto de mim igualmente tem sido assim. Confessar para os quatro ventos que ando carente e necessitado desesperadamente de afeto também têm sido mais honesto, eu não preciso ser uma fortaleza e um poço de segurança. Mas igualmente mostrar claramente que não gostei de qualquer coisa e dizer na lata também me deixa leve.
É como se eu me sentisse preparado para alguma coisa que eu não sei, mas sinto que é uma coisa boa que vai acontecer, como se eu pudesse categoricamente dizer: estou pronto!
Pronto para pegar o bonde.
Posso dizer que num mesmo dia chego no céu e inferno, equilíbrio e caos. Ontem mesmo, fiz muitas coisas: tomei chimarrão logo cedinho com meu amigo padre, banquei o detetive pro meu patrão, falei com alguém pelo fone no qual confesso que meu coração está interessado, liguei pro Jacques pra saber das coisas, fui no bar do alemão com uma companhia agradável, fiz sexo num motel barato de cama vermelha [uhu!], encontrei uma moça na rua me pedindo dinheiro pra comer e contando uma história de contar o coração, mas que sinceramente não acreditei em nenhuma palavra do que me dizia. Mas mesmo assim, resolvi bancar o bom samaritano, ajudei, acreditei pifiamente, rs.
Tive saudades dos meus áureos tempos de jovem engajado de paróquia, dos ambientes e tudo o mais [ou na verdade eu senti saudades dos meus amigos, eles me fazem uma falta absurda], mas igualmente confesso, diário virtual, que essa saudade durou apenas cinco minutos. Apesar de tudo, eu me sinto seguro, feliz, revigorado. Como a caneca de chámistureba [ginseng, uxi amarelo e unha de gato] que aprecio agora, neste exato momento, enquanto escrevo.
Não sou um ser que tem a vocação para a virtude por excelência, digamos assim. Ser íntegro, honesto, saber medir as palavras, ser polido e gentil sempre, como algumas pessoas que conheço [a Vera, por exemplo, talvez ela nem imagine a admiração que tenho por ela]. Mas essa experiência de manter minha mente ocupada por 14 horas, todo santo dia, é ótima. Trabalhar com pessoas tão divergentes e diferentes de mim me obriga a refletir. Dar aulas é uma experiência singular, instigante, excitante. Não cobrar tanto de mim igualmente tem sido assim. Confessar para os quatro ventos que ando carente e necessitado desesperadamente de afeto também têm sido mais honesto, eu não preciso ser uma fortaleza e um poço de segurança. Mas igualmente mostrar claramente que não gostei de qualquer coisa e dizer na lata também me deixa leve.
É como se eu me sentisse preparado para alguma coisa que eu não sei, mas sinto que é uma coisa boa que vai acontecer, como se eu pudesse categoricamente dizer: estou pronto!
Pronto para pegar o bonde.
"...
/Fico tão leve que não levo padecer/
...
/É o bonde do Dom que me leva..."
[O Bonde Do Dom, Marisa Monte]
/Fico tão leve que não levo padecer/
...
/É o bonde do Dom que me leva..."
[O Bonde Do Dom, Marisa Monte]
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