sexta-feira, 27 de outubro de 2006

Como Escrever Um Livro de Auto-Ajuda



Dia desses um aluno daqui da escola me emprestou um livro. Já a capa dele me desagradava: um monte de dólares enrolados numa borrachinha sem vergonha e o título em letras garrafais [como arrajar sucesso e prosperidade, uma coisa assim]. Relutei em lê-lo, até porque eu estava terminando de ler um do Dalai-Lama e queria ler outro do Gabriel García Márquez. Pois bem, ontem, qdo cheguei ao trabalho, encontro com ele e, assim, como se fizesse um diagnóstico certeiro, disse que eu tinha o aspecto de alguém amargurado, depressivo, cabisbaixo, que eu vivia falando mal da minha profissão e tal... [falou tanto que eu fiquei até assustado com o que ele disse]. E foi mais além: disse que o tal livro mudaria minha vida, até porque o que eu estava lendo era só um romance.
Com aquela determinação na cabeça, resolvi ler o tal do livro. Não consegui ir além de duas páginas, de tão indignado que fiquei com o que lia [ o autor chegou ao cúmulo de escrever que se existem pessoas pobres, é porque elas merecem ser. Ande um pouco nas ruas daqui e diga pra qualquer mendigo que ele merece estar ali, sem dignidade... puf!] Então, para fins de serviço de utilidade [ou inutilidade, rs] pública, coloco aqui algumas dicas de como escrever livros de auto-ajuda desse "naipe":
  1. Antes de mais nada, é bom dar um trato no visual. Vá ao shopping [ou naquelas liquidações populares mesmo], compre um monte de roupas que dê um ar de sério, respeitável, autoridade. Pras mulheres que desejam ingressar nessa empreitada, um ida ao salão pra recauchutar o "material" é óttteeeemmmo!. Ah! Uma ida ao dentista tb surte efeitos fantásticos. Tudo isso é pra passar uma imagem, nem importa se vc se acha um dragão: nos tempos de hoje, vemos cada milagre...
  2. Sempre nos classificados há aquelas "madames mirtes" da vida em que prometem resolver tudo em 24 horas, ou aquelas autoridades em alguma coisa que são especialistas em motivação, em arrastar as massas. Aprenda sobre a postura deles, suas técnicas, seu jeito de cativar. E não esqueça de anotar TUDO o que eles disserem, será util depois.
  3. Compre um dicionário, o mais completo, pois será necessário que aprenda [ou decore, tá valendo] palavras. Quanto mais difíceis, melhor. Para aqueles que querem aprofundar conhecimentos para esse fim, saiba mais sobre personagens como Rui Barbosa, Machado de Assis e outros...
  4. Uma coisa é importante: os programas de auditório de sábado e domingo tem muito a ensinar. Assita todos, grave se for preciso!
  5. Leia vários livros dessa linha [eles sempre querem dizer a mesma coisa, só mudam a ordem das palavras].
  6. Dramatize sua história de vida, pois quanto mais escrachada ela for, melhor. Como fonte de inspiração, as novelas mexicanas são ótimas! As pessoas precisam espelhar-se em você.

Claro que há várias outras dicas, e estas podem até ser equivocadas, mas o importante é que as pessoas que lerem sua obra pensem que você é que nem aquele comercial da doriana: todo mundo sorrindo, cheirando bem, com dinheiro no bolso, tão felizes que até enjoa, de tanta felicidade. Mesmo que o caboblo esteja devendo até as calças, brigado com a mulher e, mesmo sendo uma ótima pessoa, não consegue melhor colocação no mercado de trabalho porque simplesmente tem mais de 40. Ou que vc seja idoso e ainda não tenha os padrões de beleza, pois a imagem, máscara, é quase tudo nos dias de hoje. Digo quase tudo porque ainda há pessoas que com ações, atitudes super simples [como ler um bom livro, por exemplo, ou ter a coragem de dizer não a um monte de coisas que chateia, se indignar, ou pelo menos dar uma boa trepada sem culpa], conseguem sem falsetes nos ensinar alguma coisa.

O mercado literário tá cheio dessas coisas...

Será que me aventuro nessa e me transformo num nego escovado, sorriso colgate, falsa humildade e cheio de conselhos sem fundo pra dar? Olha que pelo visto tá compensando... rs

bem, é isso...

p.s.: até que de óculos eu fico bem!

quarta-feira, 25 de outubro de 2006


Estou aqui mais por um hábito mesmo do que pra escrever alguma coisa que achei interessante. Na verdade meus dias tem sido bastante previsíveis: trabalho-casa-programinha com amigos e o ciclo nada muda. Claro, de um tempinho pra cá, depois de algumas coisas super chatas, estou um pouco mais tranquilo, tenho aproveitado meu tempo, mas mesmo assim falta algo. Ontem, conversando com duas amigas minhas [assuntos totalmente diferentes, mas com um ponto comum: a sensação de letargia em alguns momentos da vida da gente], falei pra elas duas coisas que, confessadamente, assumo que são super difíceis pra mim exercitar: a paciência. Sempre tive comigo que quando as coisas começam a ficar previsíveis demais na vida da gente, é porque é hora de se questionar. Não sei se pelo fato de minha vida, até agora, nunca ter sido assim, previsível. E eu gosto dela assim [tem horas que acho que eu aprendi a gostar, rs]. No entanto, penso que a letargia da qual chamo aqui é necessária em alguns casos. Sempre temos um ideal de amigos, de família, amores, sexo, espiritualidade, trabalho. Mas fato é que essas coisas escapam de nosso controle, ou seja: quase nada é do jeito que planejamos, queremos, idealizamos.
Sim, são muitas coisas entrecortadas, talvez eu esteja até prolixo demais nesse post. Talvez esse momento da minha vida esteja prolixo demais. Talvez seja mais uma neura de minha estranha mente. Talvez seja importante esse momento. Mas de uma coisa tenho certeza: eu me sinto bem mais Eu no meio dessa confusão toda.
bem, é isso...

p.s.: como tb ando um pouco nostalgico de algumas coisas, a foto é apenas pra registrar aqui um dia no qual eu dei mta risada e foi super legal. Suei tanto que até uma rodelinha [ugh!] aparece na camiseta.

terça-feira, 24 de outubro de 2006

i just wanna a fell


Come and hold my hand
I wanna contact the living
Not sure I understand
This role
I've been given
I sit and talk to God
And he just laughs at my plans
My head speaks a language
I don't understand

I just wanna feel real love
Feel the home that I live in
'Cause I got too much life
Running through my veins
Going to waste

I don't want to die
But I ain't keep on living either
Before I fall in love
I'm preparing to leave her
I scare myself to death
That's why I keep on running
Before I've arrived
I can see myself coming

I just wanna feel real love
Feel the home that I live in
'Cause I got too much life
Running through my veins
Going to waste
And I need to feel real love
And a life ever after
I cannot give it up

I just wanna feel real love
Feel the home that I live in
I got too much love
Running through my veins
To go to waste

I just wanna feel real love
In a life ever after
There's a hole in my soul
You can see it in my face
It's a real big place

Come and hold my hand
I want to contact the living
Not sure I understand
This role I've been given
Not sure I understand...


[Fell. Robbie Williams]

Então: apesar de não gostar de boa parte das músicas do Robbie Williams, essa daqui, de certa forma, traduz o que ando sentindo esses dias. E a imagem traduz toda a confusão que a maioria de nós vivemos, no qual cada um entenderá como quiser.
bem, é isso...

sexta-feira, 20 de outubro de 2006

De Repente 35

Pois eh...
Mais uma manhã normal. Acordo com a tv ligada, limpo meus olhos, calço meus chinelos e saio cambaleando pro banheiro. Faço minhas necessidades, me lavo, escovo os dentes e, pimba! Dou um grito estratosférico: quem é esse aí no meu banheiro? O que é isso?!
Passados alguns minutos, continuo encarando o ser e reparo que ele, estranhamente sou eu: mais velho, careca, algumas ruguinhas. Depois de 352,5 lavagens de rosto, vejo que não tem jeito mesmo. Corro pro quarto, observo a tv, Ana Maria [bem mais velha] e o louro josé [já um papagaio grande, desenvolvido, adolescente, mas com a mesma vozinha irritante]. Esfrego meus olhos e custo a crer no que vejo. Ah! O calendário! Vamos ver: 20 de outubro de 2016...16?! Meu chapéu, não é sonho!
Toca o telefone: minha sobrinha dizendo que vai passar na minha casa meio dia pra almoçarmos juntos [perae, mas minha sobrinha não estava lá no Líbano, com 13 anos?! Acho que enchi a cara na balada de ontem, pensei comigo...]. E diz que Mônica, minha irmã, manda um beijo. E que é pra passar mais tarde na casa dela, pois precisa muito falar comigo sobre um negócio...
Desligo o telefone sem entender patavina nenhuma, cada vez mais confuso [que diabo era a bebida que tomei ontem?! O Ricardo me paga, eu disse que nem tava afim de beber, mas ele insistiu tanto...que foda, meu!]. Coloco a primeira roupa que vejo, saio do apartamento onde estava, estranhando tudo o que vejo ao redor. Na portaria, o porteiro me diz que eu estacionei meu carro [hã?!] na vaga errada.
Meu Deus, o que é que está acontecendo comigo?! Pra começar, meu prédio nem porteiro tinha, que dirá eu, carro! E onde é que está o cartaz do Che Guevara que estava grudado na parede do meu quarto?!
Meu celular toca. Vitor me cobrando que eu não ligo mais pra ele, que simplesmente esqueci dos amigos, bla bla bla. Eu: -Cê tá loko?! De onde que vc tirou isso?! Não foi ontem que eu falei com vc?!
Vitor ri daquele jeito e diz: Modo! Depois dos 35 a gente esquece das coisas mesmo...
Eu: Perae! 35?! Eu ouvi 35?!
[break: se a gente não olha pra vida atentamente, meu amigo...]
bem, é isso...

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

HONESTIDADE

Em tempo de eleições, crises ameaçando a "pax" mundial, mensalões, dossiês, escândalos, tento escrever em poucas linhas sobre esse tal assunto [a honestidade].
Ser honesto é, antes de qualquer escolha, escolher-se. E, nesse escolher, implica em aceitar-se, com todas as glórias e misérias, inerentes a qualquer um. Ser honesto é ter a ciência de que nem sempre é possível acordar bem todos os dias, sorrir sempre, ser gentil e amável. Da mesma forma, ser honesto é ir além daquilo que nos aflige e buscar uma solução pacífica.
Ser honesto não significa apenas trabalhar direitinho, não roubar, ser íntegro no trabalho: é ter acima de tudo respeito pela pessoa humana [por mais que ela seja diferente, bocó, cabeça-dura, chata, imbecil, chocante, ou outro adjetivo].
Ser honesto é buscar seguir aquilo que foi proposto. Mas mais do que isso, ser honesto também é ser flexível.
Ser honesto é ser humilde, nunca simplório. Ser honesto é ver se, depois de tanto tempo, ainda vale a pena estar junto daquele alguém. Ser honesto é admitir, quando for o caso: sim, sou incapaz de amar. Ou sim: cada vez que vejo você sinto um frio na barriga. Ser honesto é correr atrás dos seus sonhos e ideais, mas não deixar que eles pisotêem quem estiver no caminho. Ser honesto é ouvir seus sentimentos, pois eles nunca falham. E, se caso falharem, ser honesto é brindar por esse erro e seguir como Mário Quintana, assoviando. Ser honesto é defender aquilo que pensas, mesmo que cause espanto para um grupo de pessoas ou ao mundo inteiro. Ser honesto, enfim, é um estado da alma.
bem, é isso...

sexta-feira, 13 de outubro de 2006

E Tudo Por Causa de...


Sabe quando você vai a um programa que julga ser sem grandes expectativas e surpreendentemente ele se torna o máximo? Pois eh... foi justamente assim que aconteceu ontem, feriado de Nossa Senhora Aparecida [santa na qual tenho muito carinho e devoção, apesar de me sentir em dívida com ela].
Convidado pra ir na casa dum amigo, tempo modorrento, chuvoso, semgracinha dessa cidade, vou até lá e, algumas doses de vinho e cachorros-quente depois... a atmosfera agradável do ambiente me contagia [claro, nessa altura do campeonato já estava falando pelos cotovelos, rs]. Interessante que quando estamos em sintonia com o cósmos, quando estamos bem [ou até mesmo quando nem estamos, mas há alguma disposiçãozinha lá no íntimo nesse sentido], tudo adquire um significado bacana: vemos as pessoas de outra forma: mais doce, humanizada. E consequentemente nos vemos assim tb.
O melhor de tudo é que, lá pelas tantas da madrugada, resolvemos ir ao mercado comprar mais vinho e doritos. Eu estava com tanto sono, minha cabeça girava por causa do vinho, que pensei em capotar, dormir estatelado no sofá. Mas depois que comi o nacho [deve ser assim que se escreve. É um negócio com carne moída, queijo e o doritos no meio, muuuiito bom!] aconteceu justamente o contrário, pro desespero dos meus nobres colegas de noitada: meu sono foi-se embora, fiquei falando sem parar até umas 5 da manhã... nem sei se riam de dó ou porque eu estava me achando o Costinha, Ary Toledo, Juca Chaves, sei lá... o fato é que eu me sentia ótimo, por passar aquela noite assim, lúcido, falando o que queria dizer, e na companhia de pessoas agradáveis, especiais. Acho que senti enorme saudades do tempo em que fazia essas coisas bobas com mais frequência em Foz. Eh bien, mas estou aqui. E experimentei ontem meu íntimo dançar, embriagado de amor, num tango veemente, vigoroso, caliente, apaixonado. Devo agradecer aos céus por isso [e aos mirabolantes cozinheiros que prepararam aquele negócio, rs...].
Bem, é isso...

p.s. 1: que post curioso pra uma sexta-feira 13....

p.s. 2: Do you believe I can make you feel better?
[estou com essa música na cabeça há tempos, e esse trecho é que me chama mais a atenção. Talvez porque esteja fazendo essa pergunta sem parar a mim mesmo... e o resultado, até agora, têm sido surpreendente...]

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Tentativa de Uma Crônica


Pois eh... [não consigo me livar disso, rs...]

Ontem, por três vezes, tentei escrever aqui no meu blog, motivado por um comentário de um amigo meu, dito há dias atrás. O comentário, inesperado, era: acho que estou precisando me apaixonar. Enfim, escrevia, lia, achava bom, fazia outras coisas, lia de novo, achava ruim, apagava. E assim foi até que pensei: chega! Definitivamente hoje não dá!
Mas o pensamento desse dito cujo ficou martelando minha cabecinha de vento, pois no meu íntimo eu ficava buscando fórmulas, receitas, simpatias, mandingas, qq coisa que me indicasse: o que é preciso realmente pra se apaixonar? [Quem souber de uma resposta...]
No mesmo dia, mais pro fim da noite, pijama e chá [por causa da minha inseparável rinite, bleh!] na mão, vejo no programa do jô uma entrevista simpática com uma dessas moças que escrevem livros de auto ajuda [bem, ela dá dicas de comoprendernamorado, essas coisas]. O que me chamou atenção foi o fato dela admitir duas coisas: quase nunca seguia os próprios conselhos que recomendava às suas leitoras e sempre que possível, pedia a essas mesmas leitoras que relatassem suas experiências afetiva/sexuais, dizendo que fim [ou não] teve nisso. Achei engraçadíssimo [somando o fato do jô deixar que ela falasse, coisa que não costuma fazer com a maioria dos outros entrevistados, rs]!
Hoje, quarta-feira, véspera de feriadão, acordo de bom humor, abro a casa quando deparo com uma pomba morta no quintal. Que bosta, pensei comigo! Peguei um monte de saco plástico pra jogar a bendita da pomba no lixo. Mas não é que bateu um sentimentozinho de cristandade, sei lá o que é. Então, peguei a pá e fiz um buraco, desses enormes, tudo pra enterrar o corpo da ave. Sem contar na ligação de outro amigo meu, tadinho dele [bleh!], cheio de problemas, falando de um jeito tão rápido que eu estava ficando contaminado pelas energias negativas. Desligo o telefone, respiro fundo e rumbora, tenho um dia inteiro pela frente... e a pergunta martelando na minha cabeça...
Tento buscar várias respostas, mas não consigo simplesmente encontrá-las, da mesma forma como tentei escrever coisas legais sobre amor. Tento me manter calmo o dia inteiro, respirar fundo, dar risadas, passar e ser receptivo a energias positivas, ser coerente, amável. Quase nunca consigo fazer boa parte dessas coisas, ainda que meus amigos duvidem que eu seja assim. Tento não ser mesquinho e vil, mas sou falho. Da mesma forma como tento usar de métodos e técnicas pra entender mais sobre o amor. Por essa razão eu achei aquela moça admirável: expunha suas falhas de uma maneira bem humorada, não impositiva, ingênua, carente. E a liçaõ que ela me deu é: viva, apenas. Cada dia, cada vitória, cada falha, cada experiência, Cada tentativa. Ainda que haja muitos sofrimentos, pelo menos o esforço de querer que as coisas sejam melhores já é algo bom. Como essa medíocre crônica que tenta falar de amor.
Bem, é isso...




sexta-feira, 6 de outubro de 2006

BAH!


Sem grande motivo especial pra escrever algo decente [talvez por isso aqui tenha estado tão chato utimamente, rs], queria registrar algumas coisas que aconteceram nesses dias:

1) levei uma bronca esses dias do meu chefe [por bobeira], e eu, com essa minha língua santa, apenas olhei fixamente pra ele e disse que estava distorcendo o que eu estava falando. Ele ficou me olhando, parou de falar e sossegou. [dia desses chamei a mãe dele de louca...uia!];

2)Ontem, pegando o tal do ligeirinho [depois de décadas atrasado], cheio, aquele cheiro agradável de cheetos vencido [uia!], acredita que eu consegui, diante de tanta gente espremida, ficar de um jeitinho tão confortável que li bem susse meu livro [diga-se de passagem, ruim! Até eu escrevo melhor que o Millôr...]. Era engraçado: gente reclamando do ônibus, do motorista, da vida, do vizinho, gente dando risada pelo fim do dia e eu, me sentindo uma sardinha enlatada, mas contente;

3)Mesmo nas situações de pindura, sempre dei um jeitinho de satisfazer alguns prazeres: Tomar um copo de leite de soja pela manhã [fazendo as contas, no fim sai mais barato do que ficar comprando leite e café...], alguma comida que nunca comi, ir ao cinema no meio da semana, ir pro barzinho no fim do dia, sozinho, pra ver o movimento, sentir o cheiro da boemia e ficar susse, ainda que com um real na carteira. E quem é que disse que não podemos dar um jeitinho de nos divertirmos em tempos de crise?

4)Nunca fui fã de salada ou coisas assim, sempre gostei de comida gorda, daquela que vc dá uma mordida no bife e ele faz: muuuuuuuuuuuuuuu.... enfim, depois que descobri no shopping uma tigela enorme de salada com direito a fatias de presunto de peru ou frango empanado, e ainda por cima massas de pastel, ovo cozido e outros salamaleques, agora vivo arquitetando planos mirabolantes pra juntar dinheiro, afinal, dizem que comida é igual a sexo: se não sabe fazer, broxa!

5)No ponto de ônibus: um bêbado me pediu dinheiro pra pegar o bus. Como quase sempre, eu educadamente disse que nem tinha. O cara insistiu, eu disse que não podia fazer nada. Entro no ônibus e fico com a consciência pesada por não dar [break: apenas por cinco minutos, pois depois uso o dinheiro pra comprar a tal da salada. Independentemente do motivo do bêbado, percebi que muitas vezes aquilo que a gente apregoa como prática de fazer o bem e tal na hora h não funciona]. Depois esqueço e bem contente sigo meu caminho.

6) A imagem que eu coloquei hoje é pra ilustrar um pouco do meu sucesso e fracasso sentimental. Tem horas que eu fico igual aquelas que colocam anúncio no jornal, dizendo que resolvem tudo sobre amor em 24 horas: dão conselhos, dicas, estratégias, falam pra se amar, ou qualquer outra coisa que o valha... e geralmente tenho algum sucesso [rs... que gay isso, né? hahahahaha]. Mas quando se trata de mim... rs!

7)bem, é isso...

terça-feira, 3 de outubro de 2006

O Diabo Veste Mesmo Prada?


Pois eh...

Assisti ao filme O Diabo Veste Prada hoje à tarde. Um filme super interessante, tendo como pano de fundo temas como ambição, poder, determinação em vencer, reconhecimento profissional, esforço, vaidade dentro do mundo da moda, com uma dose de humor. Mas não é sobre o filme que estou aqui hoje, apesar dele servir de inspiração para escrever. Escrevo hoje porque vejo que as eleições de domingo foram emocionantes. Em alguns casos, uma piada sem graça. Escrevo porque fico indignado que alguns políticos acusados de participarem do esquema das sanguessugas, mensalões e tantos outros escândalos ficarão lá no congresso nacional recebendo uma fortuna durante quatro anos. E o pior é que eu é que tenho que pagar o salário deles. Quem dera se eu recebesse metade do que eles recebem...
Escrevo porque a gente trabalha tanto pra ter tão pouco. Escrevo porque isso me serve de terapia, de desabafo. Escrevo porque sei que não sou tão virtuoso como todo mundo pensa [e nem tão idiota ou mal como alguns querem ou como eu me julgo]. Escrevo porque... hoje é um dia cinza.
Bem, é isso...