Caríssimos: (achei apropriado começar a saudação com um toque meio eclesiástico... rs)
o que é o tal do espírito de natal? Hummmmm, let me see...
Podemos deduzir que natal seria uma época onde as pessoas reavaliam suas atitudes, caminhada durante o ano, aproveita para ser mais gentil, amável, doce, solidário, tal que nem aquelas propagandas de rádio dessa época do ano colocadad propositalmente a cada 5 milésimos de segundo. Boa parte delas começa pelo "natal é tempo..."
As famílias se reúnem, vem os parentes de longe (aquele tio legal que vc só vê uma vez por ano, aquela tia chata que discute com as irmãs e a mami durante os preparativos da ceia, os primos e primas recatados, atirados, esquisitos), dá início ao festival de comilança, dingo bell, dingo bell, dingo bell.
Pra quem é ou foi rato de igreja, as mesmas encenações, preparativos, liturgias. E a mesma emoção de sempre.
Eu confesso que nesta época do ano, me sinto como o filho super sem graça diante dos amigos vendo as fotos de infância e sua mãe fazendo aqueles comentários lindinhos (e desnecessários),te deixando sem saber o que fazer, a não ser aquela cara indisfarçável de paisagem e o sorrisão fake estampado.
Meus natais sempre foram esquisitos, mesmo nos anos em que eu tentava dar um pouco de normalidade a coisa e tentava ser como a maioria das pessoas.
Esse ano? Vejamos, de presente ganhei panetones, tender, sidra, camiseta, celular e um avental de cozinha. Cozinhei pros amigos que não passaram com as famílias , exagerei nas coisas doces e o resultado foi o "festival do agridoce". O peru começou assado numa casa e terminou em outra, com direito a sair no meio da rua com ele, panos e luvas.
Eu estava tão puto no começo, com vontade de praticar arremesso livre (jogando as pessoas pela janela), dar socos e atear fogo na casa que eu simplesmente bebia. E uma hora, não sei se foi o efeito do álcool, do momento de lucidez, das duas coisas juntas, eu pensava: então é este o espírito do natal!
Natal é congregar as pessoas, dizer de um jeito brusco, estranho, brega, que as ama. Simples assim. É ficar puto com o povo, mas depois, dar risada de tudo e sugerir "ano que vem vamos repetir isso!", mesmo ciente do estresse que você vai passar, again.
Pensando bem... essas festas tradicionais apenas refletem mais claramente o que a gente tem dentro da gente, de bacana e de ruim. E sabe o que é interessante? É saber que conseguimos conviver com isso durante o ano que se inicia, na boa e, partindo dessa percepção, caminhamos pra frente, ficamos melhores (pelo menos boa parte das pessoas).
Afinal, ouvir um amigo meu dizer durante a noite de natal (do jeito mais irônico possível) que é a coisa mais ridícula ver uma pessoa vestida de vermelho debaixo de um sol de 40ºC , num carrinho com um monte de renas (nome chique pra veado, cervo, enfim... rs), dizendo "ho ho ho"... não tem preço.
Então é este o espírito do natal...
o que é o tal do espírito de natal? Hummmmm, let me see...
Podemos deduzir que natal seria uma época onde as pessoas reavaliam suas atitudes, caminhada durante o ano, aproveita para ser mais gentil, amável, doce, solidário, tal que nem aquelas propagandas de rádio dessa época do ano colocadad propositalmente a cada 5 milésimos de segundo. Boa parte delas começa pelo "natal é tempo..."
As famílias se reúnem, vem os parentes de longe (aquele tio legal que vc só vê uma vez por ano, aquela tia chata que discute com as irmãs e a mami durante os preparativos da ceia, os primos e primas recatados, atirados, esquisitos), dá início ao festival de comilança, dingo bell, dingo bell, dingo bell.
Pra quem é ou foi rato de igreja, as mesmas encenações, preparativos, liturgias. E a mesma emoção de sempre.
Eu confesso que nesta época do ano, me sinto como o filho super sem graça diante dos amigos vendo as fotos de infância e sua mãe fazendo aqueles comentários lindinhos (e desnecessários),te deixando sem saber o que fazer, a não ser aquela cara indisfarçável de paisagem e o sorrisão fake estampado.
Meus natais sempre foram esquisitos, mesmo nos anos em que eu tentava dar um pouco de normalidade a coisa e tentava ser como a maioria das pessoas.
Esse ano? Vejamos, de presente ganhei panetones, tender, sidra, camiseta, celular e um avental de cozinha. Cozinhei pros amigos que não passaram com as famílias , exagerei nas coisas doces e o resultado foi o "festival do agridoce". O peru começou assado numa casa e terminou em outra, com direito a sair no meio da rua com ele, panos e luvas.
Eu estava tão puto no começo, com vontade de praticar arremesso livre (jogando as pessoas pela janela), dar socos e atear fogo na casa que eu simplesmente bebia. E uma hora, não sei se foi o efeito do álcool, do momento de lucidez, das duas coisas juntas, eu pensava: então é este o espírito do natal!
Natal é congregar as pessoas, dizer de um jeito brusco, estranho, brega, que as ama. Simples assim. É ficar puto com o povo, mas depois, dar risada de tudo e sugerir "ano que vem vamos repetir isso!", mesmo ciente do estresse que você vai passar, again.
Pensando bem... essas festas tradicionais apenas refletem mais claramente o que a gente tem dentro da gente, de bacana e de ruim. E sabe o que é interessante? É saber que conseguimos conviver com isso durante o ano que se inicia, na boa e, partindo dessa percepção, caminhamos pra frente, ficamos melhores (pelo menos boa parte das pessoas).
Afinal, ouvir um amigo meu dizer durante a noite de natal (do jeito mais irônico possível) que é a coisa mais ridícula ver uma pessoa vestida de vermelho debaixo de um sol de 40ºC , num carrinho com um monte de renas (nome chique pra veado, cervo, enfim... rs), dizendo "ho ho ho"... não tem preço.
Então é este o espírito do natal...